Atlético
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CAMPEONATO MINEIRO

Embalou na reta final

Atlético encaixa a quarta vitória seguida, se garante nas semifinais, pula para a vice-liderança e ainda sonha com a ponta do Mineiro. Carlos volta a balançar as redes

postado em 30/03/2015 08:17

Alexandre Guzanshe / EM DA PRESS
O empate bastava para garantir o Atlético nas semifinais do Campeonato Mineiro. Num duelo centenário, o Villa Nova fez jogo duro até quando teve forças para aplicar uma marcação implacável. Mas não deu. Melhor para Galo, que goleou o Leão do Bonfim 3 por a 0, pela 10ª rodada, a penúltima da fase de classificação do Estadual. Foi a quarta vitória consecutiva e o quarto jogo sem sofrer gols. Com o resultado, o time se classificou para os mata-matas, pulou para a vice-liderança e ainda sonha com a ponta, mas depende de tropeço do maior rival, o Cruzeiro, na rodada final.

Ataque contra defesa, assim foi o primeiro tempo. Bem ofensivo, com velocidade de criação na troca rápida de passes, o Atlético começou pressionando o Villa Nova que, cauteloso, não saiu da sua proposta tática de marcar incansavelmente. O problema é que ficou o tempo todo recuado e, quando ousou atacar, falhava na conclusão ou era facilmente desarmado.

Na retranca, o Villa cedeu campo ao Atlético, que dominou todas as ações ofensivas, apesar do trabalho em superar a forte marcação do Leão do Bonfim, que estava bem distribuída.

Mas, sem pressionar os atleticanos, os villa-novenses seriam castigados. Luan (5) e Lucas Pratto (5), que travam uma briga particular pela artilharia alvinegra, tiveram as melhores chances, com boas finalizações e jogadas que levantaram a torcida.

Foram muitas as oportunidades de gol, mas faltava capricho e sorte nas finalizações. Edcarlos tentou, Jemerson teve chance, mas quem marcou foi Carlos, aos 41min, depois de cruzamento de Luan pela direita. Havia impedimento milimétrico, difícil de ser marcado. O atacante não marcava em partidas oficiais desde 5 de novembro, pela Copa do Brasil, na vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo.

Além de lidar com o adversário bem fechado, o Atlético em alguns momentos precisou superar a falta de objetividade, principalmente no meio-campo, já que Cárdenas falhava na criação e distribuição de jogo, ainda que tenha dado passes importantes para finalizações de Lucas Pratto.

CAPITÃO No segundo tempo, depois de um mês fora por causa de cirurgia do dedo médio da mão esquerda, o capitão Leonardo Silva retornou. E o ritmo de jogo não foi tão diferente. O Atlético com sua proposta ofensiva, e o Villa tentando não sofrer mais gols, mas sendo obrigado a sair ao ataque para sonhar com a classificação. Mas aos 3min, Marcos Rocha cruzou e Lucas Pratto deixou sua marca de cabeça: 2 a 0. Na melhor chance para o Leão, em falha de Rafael Carioca, Michel cara a cara com Victor chutou, mas o goleiro fez a defesa.

Sem força ofensiva, tendo de atacar e sem o mesmo ímpeto na marcação, o Villa não conseguia conter o Atlético e, aos 24min, depois de rebote do goleiro em chute de Lucas Pratto, o centroavante recuperou a bola e rolou para Carlos marcar de novo: 3 a 0.

A expectativa era alta para esta temporada atleticana, com um início irregular e começo de ano turbulento. Aos poucos, o Atlético parece que vai fazendo as pazes com o futebol de melhor qualidade. O time tem crescido a caminho de duelos decisivos. Agora, o técnico Levir Culpi tem a semana livre para encerrar a fase de classificação contra o Boa, domingo, em Varginha, e ainda pode alcançar a liderança – desde que vença e o Cruzeiro ao menos empate com o Tombense, no Mineirão. E, em seguida, pensar no Santa Fe, dia 9, pela Copa Libertadores.


NA HISTÓRIA
Ex-goleiro do Atlético e do Villa Nova, clube pelo qual foi campeão mineiro em 1951, Arizona foi homenageado ontem no Independência. Ex-técnico do Leão do Bomfim, ele foi um dos símbolos do jogo de número 3.000 da equipe de Nova Lima, completado no duelo do Horto.


ATLÉTICO 3 X 0 VILLA NOVA

ATLÉTICO
Victor; Marcos Rocha, Edcarlos (Leonardo Silva, intervalo), Jemerson e Patric; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Cárdenas (Dodô, 18 do 2º) e Luan; Carlos e Lucas Pratto (Maicosuel, 39 do 2º).
Técnico: Levir Culpi

VILLA NOVA
Dionathan; Edvan, Lídio, Cleyton e Toledo (Paulinho, 25 do 2º); João Paulo, Michel Elói, Geovani e Kaka (Michel, intervalo) ; Leandro (Danilo, intervalo) e Diego
Técnico: Wellington Fajardo

Estádio: Independência
Gols: Carlos 41 do 1º; Lucas Pratto 3, Carlos 24 do 2º
Árbitro: Ronei Cândido Alves
Assistentes: Marcus Vinícius Gomes e Leonardo Henrique Pereira
Cartão amarelo: Dionathan, João Paulo, Marcos Rocha, Rafael Carioca
Pagantes: 13.081
Renda: R$ 314.930