A Caldense, por outro lado, não se intimidou com a força da multidão atleticana e, agora sem levar gol há oito jogos, saiu de campo com a sensação do dever cumprido. Não foi pouca coisa. Afinal, o placar é favorável ao time de Poços de Caldas. Por ter feito melhor campanha na fase classificatória, ele precisa apenas de outra igualdade para ser campeã invicta no domingo, a partir das 16h, no Melão, em Varginha. Ao Galo, somente a vitória por qualquer placar interessa.
A vantagem na decisão é do time de Leonardo Condé. Mas era o Atlético que parecia atuar com o benefício do regulamento. Ele demorou para entrar no jogo, preferiu estudar a Veterana e foi pressionado pelo ataque adversário, especialmente no primeiro tempo. Muito bem armada, a equipe do Sul de Minas defendeu e atacou em bloco, criou boas oportunidades e deu trabalho à retaguarda alvinegra.
IMPACIÊNCIA A torcida, impaciente com o comportamento defensivo do meio-campo, clamava por Leandro Donizete. O volante estava no banco por opção técnica. Levir Culpi preferiu escalar um time mais ofensivo, com apenas um homem de marcação no meio. Os homens de frente, no entanto, não tiveram o desempenho desejado e, ao mesmo tempo, a equipe ficou muito exposta. Dátolo, que seria o segundo volante, não conseguiu dar continuidade aos contra-ataques.
Para o armador argentino, o problema foi a falta de tranquilidade para finalizar. “Não tivemos paciência para trabalhar a bola, furar a defesa da Caldense. Temos de ter mais paciência no próximo jogo”, recomendou.
O treinador atleticano não atendeu ao pedido da Massa. Mas também não conseguiu mudar o cenário da partida com as mudanças que promoveu. Afobado, o Galo apostou nos lançamentos longos sem direção e tentou pressionar nos minutos finais, sem sucesso. A Caldense, por seu lado, depois de mostrar por que foi o líder na primeira fase, conseguiu segurar um empate heróico, que lhe dá boas condições de levantar o caneco no jogo da volta.