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Preocupação, só antes do jogo

Grande parte da Massa chegou cedo ao Mineirão para garantir estacionamento

postado em 30/07/2015 00:45 / atualizado em 30/07/2015 00:52

Túlio Santos/E.M/D.A Press

O torcedor que foi ontem mais cedo para o Mineirão garantiu vaga para deixar o carro no estacionamento do estádio. Além da segurança, ficou livre dos achaques de flanelinhas, que cobravam R$ 20 para tomar conta dos veículos na rua. Mas quem chegou motorizado depois das 20h30 não teve acesso ao entorno do Gigante da Pampulha. Policiais militares do Batalhão de Trânsito fecharam as três vias que levam ao local tão logo lotou o estacionamento. Torcedores que foram em vans fretadas ou de carona com alguém que pretendia apenas deixá-los de carro foram obrigados a seguir o percurso a pé. Apenas táxis, ônibus ou veículos com credenciais puderam passar.

O perímetro de controle de circulação de veículos foi adotado a partir de ontem, na vitória do Atlético sobre o São Paulo, pela PM, BHtrans e Regional Pampulha para melhorar a prestação de serviços de segurança pública e facilitar o trânsito dos torcedores. Os bloqueios foram na Avenida Otacílio Negrão de Lima com Rua Coronel Oscar Paschoal, na Avenida Carlos Luz com Rua Alfredo Camarati e na Avenida Abraão Caram perto da Alameda das Acácias.

Sabendo da operação especial, o comerciante Carlos Silva, de 36 anos, saiu de casa às 18h15 para garantir estacionamento no estádio. Acompanhado de cinco pessoas no carro, entre elas uma sobrinha de 11 anos, ele não acha seguro o transporte público por causa do vandalismo e da demora na hora de voltar. “Quis evitar de chegar e não achar estacionamento. A gente fica muito tempo rodando procurando vaga na rua e às vezes tem de andar muito.”

O supervisor de estacionamento do Mineirão, Ismael Antônio de Souza, contou que ficou surpreso quando foi abrir o portão, quatro horas antes do jogo, e já encontrou uma fila imensa de carros esperando para entrar. “Impressionante, todo mundo resolveu chegar mais cedo para garantir vaga.” O estacionamento custa R$ 30 e é segurado contra roubo e furto. São 2.630 vagas na parte coberta. O engenheiro agrônomo Fábio Lopes, de 34, chegou de viagem e foi direto para o estádio. Com a bagagem no carro, preferiu deixá-lo guardado com segurança.

Túlio Santos/E.M/D.A Press


O agente de viagem Sérgio Lima, de 45, foi de carro com a mulher, a filha e a mãe. Chegaram cedo, mas ele preferiu estacionar na rua. Depois, se arrependeu, pois foi preciso caminhar mais de dois quilômetros. “Ainda tive de pagar R$ 20 para o flanelinha, que estipulou o seu preço”, reclamou. A arquiteta Ana Carolina, de 30, deixou para sair de casa às 19h30, enfrentou engarrafamento na Carlos Luz e encontrou a avenida fechada. O desvio foi longo para ela tentar uma vaga o mais próximo possível do Mineirão.

ENDEREÇO ANOTADO
O contador Luiz Galantini, de 50, precisou de fôlego para andar mais de dois quilômetros. “Muito difícil para encontrar vaga na rua. Ainda tive de pagar R$ 20 para o flanelinha, quase o preço do estacionamento do Mineirão. Se soubesse, teria saído mais cedo de casa e deixado o carro dentro do Mineirão.” Ele estacionou tão longe, que a namorada precisou anotar o endereço para conseguir localizar o veículo depois.

Houve transtorno também para moradores da região. A dona de casa Marlene Ferreira Faria, de 65, que mora no Bairro Aeroporto, foi impedida de passar pela Abraão Caram, seu trajeto para chegar em casa. “Vou ter de enfrentar esse engarrafamento até a rotatória da orla da Lagoa”, queixou-se a filha dela, que estava ao volante.

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