Os médicos do Galo evitam fazer projeções, mas o jogador provavelmente desfalcará a equipe em mais jogos. Esta é a terceira vez que o camisa 3 teve problema específico na mão: a primeira foi durante a Copa Libertadores de 2013, que o tirou da semifinal contra o Newell’s Old Boys, e a segunda foi em fevereiro, contra o Atlas, também pela competição internacional.
Edcarlos será o substituto natural e formará dupla de zaga com Jemerson: “Infelizmente, o Leo teve essa lesão, mas temos de ficar preparados, porque nos momentos mais importantes aparecem essas oportunidades. Cabe ao atleta estar sempre preparado para suprir à altura e dar sequência ao trabalho que o Leo vinha fazendo”.
O defensor é um dos reservas com mais partidas em 2015: foram 20, sendo cinco pelo Brasileiro. Seu último jogo ocorreu no início do mês passado, na vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, no Maracanã. Para a reserva, o técnico Levir Culpi conta com Tiago, contratado no ano passado do Caxias, e o ex-júnior Jesiel.
No Galo desde o começo de 2014, trazido por Paulo Autuori, Edcarlos é um dos poucos que não se incomodam com a reserva, até porque tem entrado nas partidas com frequência. Paciência tem sido a virtude do jogador de 30 anos nesse período em que viu Leonardo Silva e Jemerson formarem a dupla titular: “Sei que a minha hora vai chegar. É para isso que estou aqui, sendo titular ou não. Temos experiência para lidar com essa situação. Passamos por diversas situações. Na vida, temos as dificuldades e podemos optar por lamentar ou trabalhar. Eu quero sempre seguir adiante. Se pensarmos coisas negativas, podemos sair prejudicados”.
TREINO FÍSICO O treino de ontem do Galo foi dedicado à parte física, sob o comando do preparador Rodolpho Mehl. Com 10 dias entre um jogo e outro, ele poderá se dedicar os trabalhos de condicionamento dos atletas. Mas Mehl entende que o Galo precisa de uma combinação de fatores positivos para chegar bem à reta final da competição: “Não é somente a parte física que vai prevalecer. É a parte técnica, tática. Mas o físico pode desequilibrar em algumas oportunidades. Tivemos a felicidade de não ter atletas com problemas musculares. Com mais tempo para trabalhar e recuperar os jogadores, podemos levá-los até as últimas rodadas nas mesmas condições”.