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De esquentar a cuca

Com sinalização de que Muricy já fechou com o Flamengo, Atlético caminha para repatriar o campeão da Libertadores, mas há resistência interna no clube

postado em 01/12/2015 11:00 / atualizado em 01/12/2015 09:59

ALEXANDRE GUZANHSE / EM DA PRESS
Assim como ocorreu nas negociações para a saída de Levir Culpi na semana passada, a busca por um novo treinador vai se tornando uma novela no Atlético. A ideia do presidente Daniel Nepomuceno era anunciar o nome até o fim desta semana, mas as investidas não têm tido o retorno esperado. Com as possíveis negativas de Muricy Ramalho e Alejandro Sabella, a aposta continua sendo Cuca, campeão da Libertadores de 2013, que deve acertar nas próximas horas seu desligamento do Shandong Luneng, da China. O problema é que o treinador paranaense não teria 100% de aceitação no grupo atleticano e, além disso, já seria alvo de outros clubes, entre eles Palmeiras, de Marcelo Oliveira, e o São Paulo.

Cuca negocia de forma discreta sua quebra de contrato no Oriente e, se ficar livre da multa rescisória por mais um ano de contrato, ficaria livre para negociar com qualquer time brasileiro. No Atlético, seu nome tem resistência junto a alguns integrantes da diretoria por causa das circunstâncias de sua saída do clube em 2013, em plena participação no Mundial de Clubes. Na equipe, a volta do comandante não agradaria totalmente os jogadores. “Cuca, né? Hum...Tenho nada que falar não. Deixa para o presidente esse pepino”, frisou o atacante Luan, que foi trazido pelo técnico no início de 2013, vindo da Ponte Preta.

O treinador teve problemas com o lateral-direito Marcos Rocha no Mundial. Ao ser substituído, o jogador foi flagrado xingando seu comandante na derrota para o Raja Clasablanca por 3 a 1, em Marrakesh. Um dia depois, os dois teriam conversado e encerrado a polêmica. Rocha foi titular normalmente na decisão do terceiro lugar, contra o Guangzhou Evergrande.

A demora na escolha do treinador atrasa o planejamento alvinegro na busca por reforços para a temporada de 2016. A diretoria fala em três novos atletas, mas a escolha depende do perfil do sucessor de Levir Culpi, que primeiramente avaliará a qualidade do grupo para depois indicar carências nas posições. O Atlético foi à Argentina para tentar contratar o atacante Gustavo Bou, do Racing, artilheiro da última Copa Libertadores, mas os valores pedidos são considerados altos: em torno de R$ 25 milhões. Outro procurado foi Luís Fabiano, que também tem propostas do futebol chinês.

MISSÃO FINAL
Disposto a ficar longe das especulações, o técnico interino Diogo Giacomini segue com sua missão de motivar os atletas a buscar o vice-campeonato nacional. Para isso, o Atlético precisa vencer a Chapecoense, domingo, às 17h, no Mineirão, garantindo uma premiação de R$ 6,3 milhões. Se terminar em terceiro, o prêmio é de R$ 4,3 milhões. “Não pretendo mudar a estrutura de jogo. Vamos focar a qualidade dos treinos durante a semana e fazer alguns ajustes. Meu trabalho é deixar os jogadores bem concentrados, treinar bem a equipe e estudar bem a Chapeocense para que possamos garantir o segundo lugar, importante para o clube.” Ele já foi informado pela diretoria que voltará a comandar o júnior após o Brasileiro – em janeiro, seu desafio será a Copa São Paulo.

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