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Batalha em duas frentes

Concentrado também na Libertadores, Atlético tenta ampliar a vantagem na decisão com o América. Já o Coelho usa triunfos contra o Cruzeiro e na Copa do Brasil como inspiração

postado em 01/05/2016 11:00

Bruno Cantini/Atlético
O Atlético divide as atenções entre a decisão do Campeonato Mineiro e o confronto de quarta-feira contra o Racing, no Independência, valendo vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores. A meta de jogadores e comissão técnica alvinegra é aproveitar o embalo da equipe para ir bem nas duas frentes. Mesmo com a vantagem de poder empatar os dois clássicos diante do Coelho – ou vencer e perder pela mesma diferença de gols –, a missão é conquistar bom resultado no Independência já no primeiro duelo, às 16h de hoje.

Campeão gaúcho no ano passado com o Internacional, o técnico Diego Aguirre não abre mão do título estadual para consolidar seu trabalho no Galo: “A expectativa é muito grande. É um jogo importante para nós. Falamos desde o primeiro dia que um dos objetivos era ser campeão mineiro. Para isso, temos de passar por um time muito forte, que merece estar onde está. Neste domingo, não se decide nada, mas é importante encaminhar a vitória para tentar ser campeão. É uma final de 180 minutos”.

Além do trabalho técnico-tático, o treinador cuida da parte emocional dos atletas, que terão em seguida batalha difícil diante do Racing, pela competição continental. Para o uruguaio, estar bem preparado psicologicamente é o primeiro passo para o sucesso dentro das quatro linhas. “Temos um planejamento, porque, dependendo do que aconteça, nós temos jogo domingo, quarta e depois outra final no domingo. Se ocorrer tudo bem, se conseguirmos a classificação na Libertadores, jogaremos na outra quarta. São muitos jogos e muita carga emocional. Para isso, pediremos esforço máximo dos jogadores. Vamos começar agora e, depois, veremos jogo a jogo as coisas que vão acontecendo.”

O Atlético quer evitar repetir o ano passado, quando empatou a primeira partida da final por 0 a 0, diante da Caldense, e teve de buscar o resultado em Varginha – a vitória por 2 a 1 deu o 43º título à equipe, então comandada por Levir Culpi, não sem muito esforço. Nesse sentido, o título atleticano de 2013 se torna exemplo para o grupo: na final contra o Cruzeiro, o Galo abriu 3 a 0 no jogo de ida e levou a taça mesmo com derrota por 2 a 1 no Mineirão.

Um dos mais antigos do grupo, o lateral-direito Marcos Rocha esteve em ambas as decisões e sabe que o Atlético precisa ser ofensivo e jogar com inteligência: “A gente não pode mudar a conduta em campo. Temos uma equipe bastante madura, que gosta de jogar com a bola. A expectativa é de poder fazer mais dois grandes jogos. Espero que a equipe entre focada. Sabemos que temos vantagem importante, mas vimos que o América tirou a vantagem do Cruzeiro. É mais um motivo para ter cuidado”.

DESFALQUES Aguirre não antecipou o time que mandará a campo, mas terá de fazer mudanças. O volante Júnior Urso, com desgaste muscular, será poupado, devendo dar lugar a Patric. Já o armador Dátolo sofreu estiramento muscular na coxa esquerda e não deverá ter condições de atuar nem no segundo jogo. Cazares é mais cotado para substituí-lo.

Na frente, a dúvida é quem formará o setor ofensivo com o argentino Lucas Pratto. Robinho levou pancada na coxa direita na Argentina e pode ser preservado. Com isso, Clayton ganharia chance de ser o titular.

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