De um lado, o zagueiro Leonardo Silva, de 37 anos, capitão do Atlético. Do outro, o atacante Grafite, da mesma idade, ídolo recente do Santa Cruz. Referências de suas equipes, eles lutarão por objetivos distintos neste sábado, às 21h, no Independência, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Enquanto o defensor tenta levar o Galo gradativamente ao G4, o goleador é o trunfo para que o time pernambucano se afaste da zona de rebaixamento.
Mesmo bastante experientes, os dois jogadores esbanjam fôlego e continuam atuando em alto nível. Ambos defendem o discurso de não falar em aposentadoria e se dizem preparados para suportar a sequência longa de jogos. Neste Brasileiro, Leonardo Silva foi titular em 10 das 16 partidas do Galo e ainda não marcou gols. Grafite é vice-artilheiro da competição, com oito gols em 13 confrontos.
Quando o assunto é fim da carreira, o zagueiro atleticano já afirmou em outras ocasiões: “Vai acontecer naturalmente, quando chegar a hora tenho que parar. Tenho que pensar quando não der mais. Uma hora vai chegar. Mas hoje só penso em estar bem para fazer meu trabalho”. Já o atacante da Cobra-coral afirma que a condição física determinará sua continuidade em 2017: “Gostaria de jogar mais um ano para depois parar. Mas se não tiver lesão grave”.
Num Brasileiro com a presença de novos talentos, como Gabriel Jesus, Rodrigo Caio, Ribamar, Luan, entre outros, os experientes também têm sua vez. É o caso do goleiro Fernando Prass, de 38, titular do Palmeiras e da Seleção Olímpica, que tentará o ouro inédito. Ou mesmo Zé Roberto, que, aos 41 anos, vem mantendo uma sequência na lateral esquerda, posição que requer maior fôlego. Outro exemplo é Magno Alves, de 40 anos, trunfo de Levir Culpi no Fluminense. No ano passado, ninguém marcou mais gols no Brasil que Ricardo Oliveira (37 vezes), aos 35.
Robinho em alta
Na noite deste sábado, Leonardo Silva tentará evitar que Grafite chegue à cara do gol, mas, para o Galo vencer, será necessário que o ataque funcione, a exemplo das vitórias contra Coritiba (2 a 1) e Palmeiras (1 a 0). A aposta de Marcelo Oliveira será Robinho, que vem crescendo pela equipe. “Quando se tem semana cheia para trabalhar, sei que posso melhorar. Vivo momento bom. Espero continuar ajudando o Atlético nos jogos que restam”, afirma o camisa 7.
Marcelo Oliveira testou duas formações no ataque, mas não divulgou a escalação. Uma alternativa seria com Lucas Pratto formando o setor com Fred, Robinho e Maicosuel. A outra seria com Clayton. “Podemos utilizar mais jogadores do meio para frente, desde que haja recomposição”, avisa o treinador, que promoverá a estreia do venezuelano Otero no segundo tempo.