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Caso Victor: Atlético sofre derrota e tem contas penhoradas após ação do Grêmio

Clube gaúcho cobra valor devido pelo Galo por compra do goleiro

postado em 15/02/2017 23:00 / atualizado em 16/02/2017 10:27

Gladyston Rodrigues/EM
O Atlético sofreu derrota na Justiça no 'caso Victor'. Uma ação movida pelo Grêmio na 17ª Vara Cível de Porto Alegre resultou no despacho do juiz Mauro Caum Gonçalves, que determinou penhora das contas do clube alvinegro.

A 'briga' judicial entre as diretorias das equipes se iniciou por conta da dívida do Atlético referente à compra dos direitos econômicos do goleiro Victor, em 2012. O clube gaúcho alega que os mineiros devem R$ 10,5 milhões.

Os advogados do Grêmio no caso, Nestor Hein e Leonardo Lamachia, conseguiram permissão para cobrar informações do São Paulo quanto à contratação do atacante Lucas Pratto ao Atlético. A intenção é que a primeira parcela paga pelo clube paulista não passe pelo Galo, mas seja direcionada aos cofres gaúchos - justamente por conta da dívida referente à venda de Victor.

Se o depósito do São Paulo tiver ocorrido, o Banco Central será acionado para penhorar todas as contas do Atlético. Caso não haja saldo para que o pagamento ao Grêmio seja efetuado, o clube gaúcho poderá penhorar as outras parcelas da venda de Pratto. A ação na Justiça também pede, por exemplo, o bloqueio de valores que o Galo tem a receber - como direitos de televisão.

Na segunda-feira passada, o Grêmio conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 10.508.626,19 referentes à venda de Pratto. O Galo negociou 50% dos direitos econômicos do atacante argentino por 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 20,6 milhões).

No duelo judicial, o Atlético ofereceu à Justiça o Labareda, um dos clubes de lazer da agremiação, como garantia para discutir os valores envolvidos na ação movida pelo Grêmio.

Dívida do Grêmio?


O Galo alega que o Grêmio também lhe deve, por conta dos empréstimos de Werley ao Santos e ao Figueirense. O zagueiro tinha 50% dos direitos vinculados ao Atlético em 2015 e 2016.

“No negócio, foi envolvido o Werley. Nos termos, o Grêmio ficava com 50% dos direitos do Werley, e se fosse envolvido em algum negócio, o Atlético teria um percentual ou teria que ser indenizado. Ele foi envolvido em um negócio, e o Atlético não recebeu uma parcela. Assim, o Atlético tem que ser indenizado”, diz Lásaro da Cunha, diretor jurídico do Galo.

O Grêmio se defende dizendo que cedeu Werley de graça aos clubes. O Atlético, mesmo detentor de 50% dos direitos, não teria sido consultado pelos empréstimos.

CBF

A diretoria do Grêmio ameaça também uma ação administrativa na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo a proibição de compras de atletas por parte do Galo por até dois anos. O Grêmio se baseia no Regulamento Nacional de Registros e Transferência de Atletas de Futebol.

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