O recorde de Giovanni foi marcado entre os anos de 2013 e 2014. O primeiro jogo da sequência foi a derrota por 2 a 0 para a Portuguesa, em 17 de novembro, quando ele sofreu o segundo gol aos 19 minutos do segundo tempo. Depois de três jogos seguidos sem ser vazado, ele voltou a sofrer gol no dia 22 de maio, no triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória.
Já a nova marca aconteceu sob o comando de Roger Machado, que chegou ao Galo para consertar os problemas defensivos da equipe - no ano passado, o Atlético teve a quinta defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro. As marcas do trabalho do treinador gaúcho são a compactação e a organização defensiva. O Alvinegro já jogou seis vezes com o técnico e foi vazado apenas duas vezes.
Depois do gol sofrido no clássico contra o Cruzeiro, aos 27 minutos de jogo, Giovanni passou em branco contra Tombense, Joinville e Uberlândia, sendo vazado apenas aos 15 minutos da etapa final no clássico contra o América.
O camisa 20 fez questão de valorizar o trabalho de Roger Machado. Para ele, a nova forma de jogo da equipe foi crucial para a redução do número de gols sofridos neste início de ano.
“Sobre o trabalho do Roger o que mais me chama atenção é que um cara bem explícito. O dia-a-dia dele é muito bom e os treinamentos são intensos e modernos. Hoje o Atlético tem um time que a marcação já começa com os homens de frente é isso ajuda para nós defensores. Quando os rivais conseguem chegar venho tendo a felicidade de fazer boas defesas e ajudar o time a só sofrer dois gols no ano”, disse Giovanni, que, com 66 apresentações pelo Galo, vislumbra aumentar ainda mais a boa sequência.
“Fico muito contente em fazer história com a camisa do Atlético. É um clube que estou há muito tempo e tenho enorme satisfação em defender essa camisa. Me preparei muito para 2017, pois sabia que teria uma sequência e com esse recorde vejo que todo meu esforço valeu a pena. É o meu trabalho sendo reconhecido”.
Recuperação
Na vitória do Galo por 3 a 0 sobre o Tupi, Giovanni sofreu um choque numa dividida e acabou se lesionando gravemente. Era apenas a segunda partida dele no lugar de Victor, que também estava lesionado. O goleiro correu o risco de ficar cego.
“Vejo tudo de uma forma positiva, agradeço a Deus por ter recuperado rápido e estar bem hoje. Poderia ter sido pior pelas circunstâncias que foram, o médico disse que eu poderia ficar cego. Mas recuperei em um mês, estou bem e isso é importante. Eu gosto de pensar em cada jogo, cada momento. Depois vamos pensar na Libertadores”, completou.
Giovanni vai aproveitando bem a chance de uma sequência no time titular do Atlético. O goleiro Victor está em recuperação de lesão no ombro e iniciou os trabalhos com bola nos últimos dias. A expectativa é de que o camisa 1 possa voltar ao time na estreia da Copa Libertadores, dia 8 de março, contra o Godoy Cruz, na Argentina.
Sequência do recorde de Giovanni
01/02/2017 - Cruzeiro-MG 1 x 0 Atlético - Primeira Liga - Gol sofrido aos 27 minutos do primeiro tempo04/02/2017 - Tombense-MG 0 x 3 Atlético - Campeonato Mineiro
09/02/2017 - Atlético 2 x 0 Joinville-SC - Primeira Liga
12/02/2017 - Atlético 3 x 0 Uberlândia-MG - Campeonato Mineiro
19/02/2017 - Atlético 4 x 1 América - Campeonato Mineiro - Gol sofrido aos 15 minutos do segundo tempo
Tempo total sem sofrer gols: 414 minutos (contando os acréscimos dados em todas as partidas)