Adílson, que viveu de perto outro grande clássico do Brasil, o Gre-Nal (entre 2007 e 2011, jogou pelo Grêmio), destaca que o confronto tem vida própria. Independentemente da situação dos times na tabela de classificação, o encontro entre os arquirrivais é garantia de emoção.
Nas ruas de Belo Horizonte ou até mesmo em casa, Adílson, aos poucos, vai se familiarizando com as provocações e expectativas e ansiedades do torcedor.
“(Em Porto Alegre) A gente dizia que o clássico era um campeonato à parte. Percebo aqui também, nos atletas que estão há mais tempo, como eles têm essa gana de vencer, nas ruas, no meu prédio, no restaurante. Cruzeirense, atleticano, sempre rolam as brincadeiras. A cobrança está vindo já, dos colegas, do porteiro, do vizinho”, diz.
Na carreira de mais de 10 anos, Adílson conheceu também um outro clássico. Na Rússia, entre 2012 e 2017, defendendo o Terek Grozny, encarou o Anzhi Makhachkala. Uma rivalidade que superou os conflitos da região.
“Tínhamos um clássico contra o Anzhi, que foi o time do Roberto Carlos e do Eto’o. Era o clássico local. Lá, nós vencemos a maioria deles. Fui pé quente contra o Anzhi. Era interessante que as torcidas era unidas, uma cantava de um lado, a outra respondia do outro. Havia uma amizade, era um clássico diferente”, relata o volante.