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Do questionamento à busca pelo equilíbrio, Felipe Santana mira sequência no Atlético

Inicialmente criticado, zagueiro vem apresentando atuações mais regulares

postado em 28/03/2017 15:22 / atualizado em 28/03/2017 16:22

Bruno Cantini/ Atlético
De grande reforço para a defesa em 2017 ao status de vilão na única derrota da equipe no ano – justamente para o arquirrival, Cruzeiro, por 1 a 0, pela Primeira Liga. Mesmo com experiência no futebol europeu, o zagueiro Felipe Santana, de 31 anos, não esperava um turbilhão de críticas em seus primeiros jogos pela equipe. O defensor precisou ficar no banco de reservas por várias partidas até melhorar sua performance, ao lado do titular, Gabriel, e agora espera manter o nível no próximo duelo com a Raposa, sábado, às 16h, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro.

Ele encara o clássico como uma forma de provar seu valor ao grupo. O erro na derrota em fevereiro para os celestes foi crucial para o gol de De Arrascaeta. O zagueiro admite que não pensa mais no assunto: “Aconteceram inúmeras falhas, mas o tempo tratou de curar as cicatrizes. Claro que não fico remoendo. Era uma situação em que fazíamos a segunda partida. Agora, os números mudam e a forma física e o emocional também. Nesta semana, vamos trabalhar muito para que no próximo jogo possamos desentalar os chicletes da garganta”.

Por várias vezes, Felipe Santana substituiu o capitão Leonardo Silva, que está em tratamento de dor no joelho direito e dificilmente encara o Cruzeiro. Ao lado de Gabriel, Santana atuou em sete partidas, com cinco gols sofridos, com desempenho parecido ao de Leo Silva e o próprio Gabriel. A dupla recebeu elogios do técnico Roger Machado, ajudando a melhorar os números defensivos do Galo, que levou apenas nove gols em 13 jogos na temporada. Agora, o camisa 26 se diz pronto para a possível presença no sábado: “O tempo passou e nossa equipe evoluiu, e eu também. Espero conseguir ter a chance de jogar e retribuir o carinho que a torcida me deu”.

Na vitória sobre a URT por 2 a 0, no Independência, ele torceu o tornozelo direito. Apesar disso, garantiu que se recupera a tempo, não sendo um problema para o fim de semana. As lesões têm sido drama constante em sua trajetória recente, desde que deixou o Borussia Dortmund. No Galo, ele fez trabalhos especiais de reforço muscular com os fisioterapeutas Rômulo Frank e Guilherme Fialho. Durante o período em que esteve na Europa, o defensor teve sérias lesões no joelho direito, no tornozelo esquerdo, além de uma hérnia de disco.

O zagueiro garante que o esforço diário vai se refletir nas partidas, como ocorreu no tempo em que disputava Liga dos Campeões: “Quando eu vim para cá, sabia que a adaptação ia demorar. Faço de tudo para que o Felipe do Borussia volte. Temos que lidar com uma torcida que nos últimos cinco anos se acostumou com títulos e acostumada a ver jogadores de renome mundial, como Ronaldinho, Robinho e Fred. É um grupo forte, que foi montado para um possível título brasileiro e internacional. Mas em nenhum momento eu corri da raia. Pus minha cara para bater, e a melhor forma de dar a volta por cima é dentro de campo”.

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