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Mesmo sendo um dos melhores no ataque no país, Atlético peca nas finalizações

Time paga por erros nos últimos jogos e tenta calibrar o pé para voltar a vencer

postado em 27/05/2017 11:00 / atualizado em 27/05/2017 10:27

Bruno Cantini/Atlético
Em 2017, são 57 gols marcados em 26 jogos, comprovando o status de um dos melhores desempenhos ofensivos do país. Mesmo dono do melhor ataque da fase inicial da Libertadores, com 17 bolas na rede, o Atlético não se considera satisfeito e quer mais. Apesar dos números extremamente positivos, o excesso de chances desperdiçadas virou a preocupação do técnico Roger Machado no alvinegro depois de duas derrotas consecutivas – para o Fluminense por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, e para o Paraná por 3 a 2, pela Copa do Brasil. Calibrar a pontaria da equipe tem sido o principal desafio do comandante nos treinos na Cidade do Galo.

Por coincidência, desde que o esquema com três volantes foi implantado, o time melhorou o nível de atuação, com muitas oportunidades criadas, mas passou a perder gols em excesso. Contra o Flu, a equipe de Roger Machado finalizou 16 vezes ao gol adversário, mas somente uma bola encontrou o fundo das redes. Na primeira rodada do Nacional, no empate por 1 a 1 com o Flamengo, no Maracanã, mais um percentual expressivo de erros em conclusões: dos 13 chutes, nove foram para fora. Diante do Paraná, os mineiros arriscaram 20 vezes, sendo oito em direção à meta e dois gols marcados.

Roger lamenta que a equipe tenha se saído mal nas finalizações nos últimos jogos e pede atenção dos comandados: “As correções são pontuais em função do pouco tempo de treino que temos. É necessário ter eficiência para marcar os gols. A produção, a posse e o volume de jogo têm de ser transformados em gols a nosso favor. Quero ver o time sempre produzindo bem e forçando o adversário, mas vencendo”.

Artilheiro do Brasil em 2017, Fred reflete o momento da equipe alvinegra. Apesar de finalizar muito, o atacante marcou somente um gol nas últimas 11 partidas. O jogador, por outro lado, foi mais efetivo nas assistências para os companheiros, como para Robinho na decisão do Mineiro contra o Cruzeiro e para Elias diante do Flamengo.

Com a boa média de gols nos primeiros meses de 2017 (17 em 21 duelos), Fred passou a ser mais bem marcado pelos adversários. Ainda assim, o camisa 9 afirma que o importante é o crescimento coletivo do Galo: “Minha principal característica é finalizar. Mas a gente atua no sacrifício mesmo, contribuindo com os companheiros quando pudermos. É claro que quero jogar bem e fazer gols, mas o importante são os resultados positivos”.

Melhorar o aproveitamento ofensivo é o objetivo de Fred e dos demais companheiros no duelo com a Ponte Preta, neste domingo, às 11h, no Independência, pela terceira rodada do Brasileiro. Depois de marcar apenas um ponto nas duas primeiras partidas, o time mineiro tem a obrigação de ganhar para não correr risco de cair para a zona de rebaixamento. “Temos de vencer. Embora seja a terceira rodada, para as nossas motivações no campeonato temos que acumular pontos. Já deixamos para trás contra o Fluminense. É importante vencer domingo depois de dois insucessos. Temos que retomar o bom caminho”, reforça Roger.

AO ATAQUE

Placar/Adversário    Finalizações    Certas/Erradas
5 x 1 Sport Boys           15                 10/5
2 x 1 Cruzeiro              17                  9/8
1 x 1 Flamengo            13                  4/9
4 x 1 Godoy Cruz          11                  6/5
1 x 2 Fluminense          16                 3/13
2 x 3 Paraná                20                 8/12
2,19
gols por partida é a média atleticana no ano

ENQUANTO ISSO...
Portão fechado
A diretoria do Atlético decidiu fechar o portão 7 do Independência para os jogos contra Ponte Preta, pelo Campeonato Brasileiro, e Paraná, pela Copa do Brasil. A decisão foi administrativa e será adotada em todas as partidas em que não houver expectativa de estádio lotado. De acordo com o clube, outros espaços do Horto já atendem à demanda da torcida. Para confrontos da Libertadores, o setor será aberto normalmente. A área, localizada na parte superior atrás do gol, é uma dos mais baratas do estádio – ingressos foram R$ 40 no confronto com o Fluminense e R$ 60 nos jogos da Libertadores.

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