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Rendimento como mandante este ano é o pior do Atlético na era do pontos corridos

Em 15 pontos disputados em casa, time alvinegro só somou cinco

postado em 23/06/2017 06:30 / atualizado em 23/06/2017 11:12

Gladyston Rodrigues e Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O aproveitamento como mandante costuma definir e aproximar objetivos no Campeonato Brasileiro. Quando um time 'faz o dever de casa' e ainda conquista pontos fora, é provável que brigue no topo da tabela até o fim do torneio. Se nos últimos anos, as boas campanhas do Atlético passavam pelo bom aproveitamento no Horto, nesta temporada o rendimento da equipe caiu e preocupa. É o pior início do Galo em seus domínios na era dos pontos corridos.

Os empates com Sport e Ponte Preta, as derrotas para Atlético-PR e Fluminense, e a vitória contra o Avaí renderam ao Atlético cinco de 15 pontos em disputa – um aproveitamento de apenas 33,3%. O rendimento neste início de campeonato fica abaixo dos piores anos do clube, com 40% em 2004 e 2005, ano da queda para a Série B do Brasileiro.

O melhor desempenho do Galo na era dos pontos corridos foi em 2012, ano em que o clube voltou a mandar seus jogos no Independência, com quatro vitórias e um empate nas primeiras cinco partidas (13 pontos – 86,6% de aproveitamento).

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
“A expectativa dos jogos em casa tem que ser alta. A regra diz que em 60% dos jogos o mandante vence. Isso aumenta se associado à expectativa criada em torno dos jogadores contratados. Não dá para fugir da responsabilidade e atribuir nosso insucesso a outros fatores. Tivemos um mau rendimento coletivo e, hoje, um adversário com uma estratégia que funcionou. A dificuldade que viemos tendo em casa contra equipes que vêm muito fechadas, como o Sport, a Ponte e o Atlético-PR. Mesmo numa vitória contra o Avaí, o jogo foi bem difícil, o 1 a 0 não deu a dimensão do que foi a partida. Não vejo um superdimensionamento do nosso elenco. A dificuldade que estamos enfrentando é em jogos pontuais em função da característica e dos objetivos do adversário na competição. Contra equipes mais abertas, temos mais facilidades. Contra as mais fechadas, estamos tendo mais dificuldades do que deveríamos ter”, analisou Roger Machado.

Nas últimas cinco temporadas disputadas no Horto, o Atlético teve bom rendimento no estádio e só em 2013 – ano da conquista da Copa Libertadores – não terminou o Brasileiro entre os primeiros colocados. Em 2015 e 2016, o Galo chegou a disputar o título com Corinthians e Palmeiras, respectivamente.

Assim como nesta temporada, no ano passado o clube mineiro oscilou e não teve um bom início na competição. Foram sete pontos conquistados (46,6% de aproveitamento) em duas vitórias, um empate e duas derrotas. Para repetir o feito, é preciso reagir rápido e não perder tantos pontos, principalmente jogando em casa.

“Passivo é uma palavra forte. Os adversários estão sabendo jogar contra nós e não estamos encontrando soluções para furar o bloqueio. Já enfrentamos, na Libertadores, equipes que sabem marcar melhor e conseguimos vencer. Só que os times do Brasileiro têm qualidade para atacar e se defendem bem. A gente espera uma solução o mais rápido possível, porque temos uma grande sequência no Brasileiro, com jogos decisivos em casa”, apontou Elias.

O próximo compromisso do Atlético pelo Brasileiro no Independência será em 2 de julho. O clube terá pela frente o arquirrival Cruzeiro. Antes disso, porém, na próxima quinta-feira, às 19h30, a equipe recebe o Botafogo pela primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil.

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