O Atlético vive fase péssima como mandante no Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, a equipe foi derrotada mais uma vez. O Bahia foi o novo algoz, ao bater o Galo por 2 a 0 dentro do Independência, o quarto revés do time em oito jogos como mandante. O técnico Roger Machado assumiu a responsabilidade e deixou nas mãos da diretoria uma possível mudança no comando, pedida por parte da torcida após o apito final no Horto.
“Cabe a mim resolver os problemas dentro do campo. Se em algum momento a diretoria entender que esse treinador não é capaz para isso, ela vai tomar a decisão que entenda ser necessária. Até o momento, recebo muita confiança de quem sou dirigido”, disse o treinador.
O treinador afirmou que é o culpado pela situação vivida pela equipe. Ele acredita que a situação vai melhorar caso a equipe retome a confiança dentro de campo.
“A responsabilidade é minha, eu sou o comandante. O torcedor não deseja ver isso. Não é a primeira vez que sou vaiado. Tenho que ter tranquilidade de seguir trabalhando. Precisamos evoluir e retomar a confiança em nosso jogo em casa. É o que nos falta. Tivemos seis chances contra duas deles. Não tenho o que reclamar do torcedor. Ele vem a campo, incentiva muito, e vaia quando não gosta”.
Perguntado sobre a fase ruim dentro de casa, Roger Machado afirmou que os críticos estão resumindo a temporada em pequenos fragmentos. Para ele, falar do momento ruim como mandante só no Campeonato Brasileiro é ‘fácil’, já que não está sendo citado o aproveitamento perfeito da equipe nas outras competições.
“Estamos fragmentando uma pequena parte para falar do todo. O mal momento é vivido em casa no Campeonato Brasileiro. Nos outros campeonatos, vivemos bons momentos em casa. A cada ideia que a gente idealiza para o time, é diferente de outra. Não posso construir modelos de jogos iguais em todos os lugares. Pela nossa característica, é esse jogo que a gente propõe, ora pelo chão, ora pelo alto. Estamos fazendo isso, mas estamos pecando dentro de casa, sem conseguir fazer os gols nas jogadas criadas. O treinador está sempre pressionado. Já havia pressão na derrota no clássico no Mineiro. Já estamos na 42ª partida e a pressão acontece em alguns jogos. É coisa da profissão e já estou acostumado a isso. A continuidade do trabalho depende do resultado. É fácil argumentar o pedido de demissão do treinador só com os jogos em casa no Brasileiro. Tenho obrigação de encontrar soluções, passar confiança para os jogadores. Os que virão aqui no domingo vão cobrar. As coisas vão melhorar quando a gente vencer em casa”, concluiu.
