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Micale tentará recuperar cultura do futebol do Galo: 'Perfil agressivo, dominante em casa'

Treinador disse que gosta de trabalhar a equipe para jogar ofensivamente

postado em 25/07/2017 09:00 / atualizado em 24/07/2017 20:45

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Um dos principais motivos para a demissão de Roger Machado do comando do Atlético foi a falta de vitórias em casa no Campeonato Brasileiro. Nos últimos anos, o torcedor acostumou-se com uma equipe agressiva nos jogos no Independência, que ganhou o lema de 'Caiu no Horto, tá morto'. Nesta edição do Brasileirão, o Galo venceu apenas duas das nove partidas que ganhou em casa. Foram cinco derrotas. Para solucionar o problema, o presidente Daniel Nepomuceno recorreu à Rogério Micale, que trabalhou no clube por sete anos. O treinador chega com um propósito: trazer de volta a cultura do jogo atleticano.

O Atlético tem, como característica, um jogo baseado na velocidade e intensidade do sistema ofensivo. Com Roger Machado, isso foi trocado pelo cadenciamento. A equipe passou a trabalhar mais a bola e acabou ficando previsível. Com isso, o time, sem a velocidade pelos lados do campo, passou a apelar para os cruzamentos na área. A estratégia ficou evidenciada nas derrotas em casa e custou o emprego do gaúcho.

Micale afirmou duas coisas em sua apresentação no Atlético: vai tentar recuperar a cultura do futebol do Atlético, baseado na velocidade e agressividade em casa. No entanto, ele promete que vai respeitar a característica dos jogadores.

“Primeiro pretendo me adequar às características dos jogadores. Não adianta querer uma equipe de posse de bola se, de repente, a característica do meu atleta não é para isso. Eu sei que a nossa característica é essa [de time velocista]. Eu convivi aqui esse tempo todo, sei o que o nosso torcedor quer. Nós vamos tentar, na medida do possível, com o elenco que nós temos, que é muito bom por sinal, ter esse perfil. Voltar ao nosso perfil, que é ser agressivo, ter um jogo dominante dentro de casa. A nossa intenção é essa. Mas não se faz isso com dois treinos. Vamos mostrar a ideia para os jogadores, a importância de se fazer dessa forma. É a cultura do clube, as maiores conquistas do clube foram assim, e nos acostumamos a isso. O padrão é esse. Também precisamos respeitar as características de nosso elenco. Podemos querer uma coisa, mas, nesse momento, o atleta não seja apto a fazer o que pensamos. Como treinador, tenho que tentar tirar o melhor de cada jogador dentro de suas características”, disse.

Micale foi questionado sobre quem é o treinador que assume o Atlético nesta altura da temporada. Ele afirmou que é um comandante que gosta do jogo ofensivo. O novo técnico do Galo avisa ainda que vai ajudar a equipe a recuperar a confiança para que ela volte a atuar em alto nível.

“Talvez agora, em virtude das Olimpíadas, eu sou um pouco mais conhecido. Gosto de equipes ofensivas, agressivas, que busca recuperar a bola rapidamente. Quero que todos participem do processo. Todo mundo é necessário. Vamos trabalhar tentando unir forças para tentar alcançar os objetivos que nós temos. Estão próximos. A gente precisa de confiança. Precisamos resgatar e readquirir a confiança”, concluiu.

O primeiro teste de Rogério Micale já será de fogo. Nesta quarta-feira, às 19h30, o Galo visita o Botafogo pelas quartas de final da Copa do Brasil. Por ter vencido em casa por 1 a 0, o Atlético pode até mesmo perder por um gol de diferença, desde que marque pelo menos uma vez, que se classifica.

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