Ninguém no Atlético esteve mais tempo em campo que Fábio Santos na temporada. O lateral participou de 44 das 50 partidas oficiais do time em 2017, ou seja, presença em 88% dos jogos. Mais do que isso. O jogador, que completará 32 anos daqui a um mês, atuou os 90 minutos todas as vezes que foi escalado. São mais de 4.000 minutos defendendo as cores alvinegra este ano.
O equatoriano Juan Cazares também jogou 44 partidas, mas em algumas começou no banco e em outras foi substituído. Soma pouco mais de 3.000 minutos em campo. Os volantes Rafael Carioca e Elias jogaram mais tempo, mas ainda longe de Fábio Santos. Eles acumulam aproximadamente 3.700 e 3.500 minutos em 43 e 41 jogos, respectivamente.
Fábio Santos explica o segredo para encarar a sequência de partidas. “Na verdade, gosto do que eu faço. Depois que passa, a gente dar valor. Quero estar sempre jogando e ajudando no campo. Faço tudo o que pessoal da fisiologia pede, na alimentação e na recuperação. Acredito que isso tem me ajudado para jogar todos os jogos. Tomara que continue assim”, diz.
Nas duas últimas vitórias do Atlético, resultados importantes para o início de reação da equipe no Campeonato Brasileiro, Fábio Santos foi decisivo. O lateral assumiu a responsabilidade de cobrar pênaltis pelo time depois que atletas do ataque desperdiçaram oportunidades na temporada. Foram dele os gols que abriram o caminho para os triunfos sobre Coritiba e Flamengo, ambos por 2 a 0.
Depois das eliminações na Copa do Brasil e na Copa Libertadores, o Atlético busca melhorar a campanha no Campeonato Brasileiro. A péssima campanha no primeiro turno deixou o time próximo à zona de rebaixamento. Com as vitórias sobre Coritiba e Flamengo, o Galo abriu quatro pontos do Z-4 e ficou a três da zona de classificação à Libertadores de 2018.
“Fizemos um bom jogo na quarta (contra o Flamengo). Enfrentamos uma equipe que jogou atrás da linha e ainda havia a pressão. Mas criamos situações de gols, tivemos pênalti e gol anulado. Contra o Flamengo, conseguimos fazer 1 a 0 e isso deu tranquilidade. O Micale (Rogério, técnico) manteve os três volantes. Adílson e Elias têm boa saída de jogo, bom passe, e temos tentado encaixar e tem dado certo. Apesar de não ter conseguido vitórias e classificações (Copa do Brasil e Libertadores), ele vem tentando dar continuidade a esse esquema."