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Atlético vê crescer o futebol de Valdívia, que pode ser titular contra a Ponte Preta

Meia-atacante foi destaque mesmo na derrota para o Fluminense

postado em 23/08/2017 11:00 / atualizado em 23/08/2017 14:44

Thiago Ribeiro/Estadão Conteúdo

A chegada, há três meses, foi cercada por muita expectativa. Mas os bons desempenhos não se confirmaram. Com dificuldade para atingir o ritmo de jogo dos companheiros e readquirir o condicionamento físico, o meia-atacante Valdívia pouco rendeu nas primeiras apresentações com a camisa do Atlético. Numa temporada difícil para a equipe, o jogador tenta aos poucos ganhar espaço e terminar 2017 em alta – pelo menos individualmente. E seu aliado importante na busca pelo objetivo é justamente o técnico Rogério Micale.

Valdívia balançou as redes pela primeira vez com camisa alvinegra na derrota para o Fluminense por 2 a 1, no Rio. Se o resultado não foi o esperado pelos companheiros, pelo menos ele terminou a partida elogiado pelo treinador e pela torcida alvinegra. Afinal, conseguiu dar velocidade ao setor ofensivo e ajudar o time ser mais efetivo nas trocas de passe, algo que Micale vem tentando buscar desde que assumiu o comando.

O jogador comemora o crescimento a partir da era Micale, iniciada há pouco mais de um mês. “Fiquei muito feliz pelo gol. Há uma cobrança grande, interna também. Eu me cobro muito. Gostei da minha atuação, mas tenho de continuar assim nos próximos jogos para ser mais utilizado pelo treinador”.

Micale entende que Valdívia poderá ser a opção que faltava para que a equipe volte a ter sintonia e se recupere no Campeonato Brasileiro: “Valdívia fez uma boa partida contra o Fluminense e já havia atuado bem contra o Grêmio. Por isso, tenho apostado nele, pois vem mostrando sua qualidade. Nada mais justo do que oportunizar. É um jogador importante como Robinho, Fred e Cazares. Temos uma forma de jogar mais sólida e tentamos uma variação. Se essa opção se tornar mais viável, melhor. Quero é ganhar os jogos e que a equipe ganhe consistência”.

Micale e Valdívia já se conhecem há algum tempo. Quando dirigia a Seleção Brasileira Sub-23, o comandante convocou o atleta quatro vezes na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio – mas, por causa da recente lesão, ele ficou fora da lista de 18 atletas que conquistariam o ouro, no Maracanã, em agosto do ano passado.

Na tentativa de recuperar o bom futebol que o tornou valorizado em 2014 e 2015, Valdívia apostou em trocar o Internacional pelo Atlético. No Colorado, ele pouco foi aproveitado nos primeiros meses de 2017, tendo sido titular apenas seis vezes em 21 compromissos. Recém-recuperado de cirurgia no joelho direito, ele vinha tendo dificuldade para suportar o desgaste das partidas. E a oscilação foi um problema extra, já que sumia em momentos importantes.

No Galo, a dificuldade foi a falta de sequência, sobretudo com o técnico demitido, Roger Machado. De 11 jogos, foi titular somente em cinco, sendo dois com o time reserva – contra Chapecoense e Grêmio, pelo Brasileiro. O empréstimo dele termina em maio. Caso o jogador consiga se destacar daqui para a frente, o Galo tem a opção de compra de seus direitos econômicos, que giram em torno de 15 milhões de euros (R$ 54 milhões).

VAGA NO MEIO Valdívia ganhou prestígio para ser titular contra a Ponte Preta, domingo, às 16h, em Campinas. Uma possibilidade é o meia-atacante ocupar o lugar deixado pelo volante Rafael Carioca, que teve ontem confirmada a venda para o Tigres-MEX, depois de aprovação nos exames médicos. A rescisão de contrato, que venceria até 2019, deve sair hoje. Na negociação, o Galo receberá em torno de US$ 3 milhões (R$ 9,5 milhões). A outra parte pertence ao Spartak Moscou, dono de 50% dos direitos.

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