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"Isso que vem acontecendo é só na minha gestão?", questiona Micale após deixar o Galo

Treinador analisou período à frente da equipe alvinegra e pressão no cargo

postado em 24/09/2017 22:56 / atualizado em 24/09/2017 23:51

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Rogério Micale foi demitido do Atlético após a vexatória derrota por 3 a 1 para o Vitória, neste domingo, no Independência, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira, o treinador completaria dois meses à frente do comando técnico alvinegro.



Micale chegou ao Atlético para substituir Roger Machado, que havia iniciado a temporada e ajudado a montar o elenco para 2017. O time não se reergueu, foi eliminado da Libertadores pelo modesto Jorge Wilstermann e faz campanha horrível no Brasileiro. Após a derrota deste domingo, o Galo está a apenas três pontos do São Paulo, primeiro clube na zona de rebaixamento.

Em seu pronunciamento após a demissão do Atlético, Micale desejou que o Atlético saia 'dessa situação'. O Galo precisa de 14 pontos em 39 que ainda restam a ser disputados no Brasileiro para atingir a marca de 45, considerada margem para escapar do rebaixamento à Série B do Brasileiro.

“Cheguei dia 25 de julho e não é muito tempo. Não vejo terra arrasada. Temos 13 partidas para conquistar 14 pontos. Quatro vitórias nos levam a 45 pontos pontos suficientes. Isso que vem acontecendo é só na minha gestão? Vou torcer para o Atlético sair dessa situação”, contestou Micale.

No entanto, o treinador disse entender a posição da diretoria atleticana e admitiu que a demissão pode ser vista como necessária dados os resultados negativos e a pressão a que se está sujeito. “Não vejo como desespero. A pressão vem de todos lados. É mais fácil trocar um do que trocar vários”, comentou.

A derrota para o Leão baiano foi a sétima do Atlético nesta edição do Brasileiro. O mando de campo, antes uma das armas mais poderosas do Galo, hoje contribui para aumentar a pressão no clube. Com o resultado deste domingo, Micale ouviu gritos de 'burro' vindos da torcida no Independência.

“Quero falar do meu período. Tentamos trabalhar para melhorar a equipe, implantar algo que estava deficiente. Mas o fator casa está nos atrapalhando muito. Até porque fora de casa temos um bom aproveitamento. O torcedor tem razão. Ele é o único que tem razão. Ele vem, incentiva, paga, prestigia e estamos deixando a desejar. Não tem como questionar, Me sinto honrado de ter passado num clube tão grande, com uma torcida como esta. Sempre houve cobrança e eu não tiro o direito do torcedor. Espero que a equipe saia dessa situação, porque tem condição para isso” ponderou o treinador.