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Cruzeiro admite esperar finais estaduais para anunciar técnico e deixa auxiliar como interino

Vice-presidente de futebol manifestou perfil esperado em substituto de Deivid

postado em 25/04/2016 14:57 / atualizado em 25/04/2016 15:48

Gustavo Andrade/Superesportes
Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva na Toca da Raposa II, a diretoria do Cruzeiro se manifestou pela primeira vez após a demissão de Deivid. Inicialmente, o ex-atacante fez um pronunciamento de despedida. Em seguida, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin explicou quais os critérios serão adotados para definir o substituto de Deivid.

“A gente não vai comentar nomes. Não vamos escolher treinador por ser jovem ou velho, mas por últimos trabalhos, se foram bons, com resultados. O que definirá novo treinador será isso”, afirmou o dirigente. “O Cruzeiro é clube vencedor. Temos de pensar grande e pensar em vitórias. Seja novo ou velho, vamos analisar os últimos trabalhos, nível de times comandados, resultados que conquistou”, acrescentou.

Vicintin admitiu a possibilidade de o Cruzeiro aguardar as finais dos Estaduais para contratar um novo treinador. Jorginho, do Vasco, e Ricardo Gomes, do Botafogo, estão envolvidos na final do Campeonato Carioca. Os dois estão na relação de técnicos pretendidos pela diretoria celeste, mas com o vascaíno no topo da lista. Até a contratação de um substituto para Deivid, o time cruzeirense será orientado pelo auxiliar Geraldo Delamore.

“Temos dois tipo de contratação que não decidimos. Se o treinador estiver livre no mercado, será o mais rápido possível. Se for treinador nas finais, temos de esperar um pouco. O Delamore comanda o time até lá”, explicou o vice-presidente de futebol.

Entre os treinadores livres no mercado, o mais próximo da possibilidade de assumir o time é Marcelo Oliveira. Bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, ele enfrenta resistência de parte da diretoria, sobretudo pela forma traumática de sua demissão, em junho de 2015. Já Abel Braga descartou um retorno ao Cruzeiro, uma vez que ainda tem acordo com o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, e não poderá assumir um novo clube até julho. Em contato com o Superesportes, Abel definiu como "impossível" a possibilidade de esse acordo ser encerrado antes desse prazo.

Questionado sobre a possibilidade de contratação de um treinador estrangeiro, Bruno Vicintin indicou que isso não deverá acontecer. “Possibilidade sempre existe. A princípio, devemos buscar nome nacional. Um ou outro nome estrangeiro interessa”, ressaltou.

Avaliação do trabalho de Deivid

Nesta temporada, o Cruzeiro disputou 18 jogos, considerando também o amistoso contra o Rio Branco-ES. Foram 11 vitórias, cinco empates e duas derrotas. Ao avaliar o trabalho de Deivid, Vicintin ressaltou que as quedas precoces na Primeira Liga e no Campeonato Mineiro foram determinantes para a demissão do ex-atacante. O auxiliar Pedrinho foi o único outro integrante da comissão técnica a deixar a Toca da Raposa.

“Deivid terá carreira brilhante, os números não são ruins. Ele perdeu dois jogos que decidiram nosso destino. A efetivação (em dezembro de 2015) foi uma decisão para manter o trabalho feito (por Mano Menezes, que tinha Deivid como auxiliar). Desde a base, os jogadores aprendem aqui que o Cruzeiro não entra para fazer boas campanhas, mas para ser campeão”, disse.

Vicintin admitiu a necessidade de reforços para que o novo treinador seja bem-sucedido. “Nem tudo quando vence está bem. Nem quando perde é tragédia. Nem no clássico achamos que era quinta maravilha do mundo. Vamos buscar melhorar nossas carências. Sabemos que temos carências. Achamos que temos um time competitivo. Mas temos carências para suprir”, destacou.

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