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TRAGÉDIA

Diretoria do Paraná Clube divulga nota em homenagem ao técnico Caio Junior

Caio Júnior era um dos ídolos do clube paranaense, dentro e fora de campo

postado em 29/11/2016 14:52 / atualizado em 29/11/2016 21:05

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.

Divulgação/PRC
O Paraná Clube divulgou em nota no site oficial do clube uma homenagem ao técnico Caio Junior, uma das vítimas do trágico acidente com o avião que levava a Chapecoense para a primeira partida da final da Copa Sul-americana, em Medellín, na Colômbia. Um dos destaques do pentacampeonato estadual do cube em 1997 e comandante na campanha que levou o Tricolor à Libertadores da América em 2006, o treinador era um dos grandes ídolos da curta história de 26 anos do clube paranaense.

Confira a nota completa:

“Nunca é fácil despedir-se de um amigo. Por isso, neste momento de profunda tristeza, prefiro recordar os grandes momentos que vivi ao lado de um dos maiores profissionais que já vestiu o meu manto. Dentro de campo ou à margem dele, você terá sempre o seu nome lembrado por todos que admiram as minhas cores, o meu escudo, a minha bandeira. Luiz Carlos Saroli, obrigado por tudo o que você fez por mim.

Por sua dedicação, pelos gols, pelo Penta de 1997. Afinal, como esquecer dos dois gols do título, lá na Vila Olímpica, diante do União Bandeirante? Mas, mais do que isso, só posso agradecer pela forma como você vestiu essa camisa na disputa do Campeonato Brasileiro em 2006. Um feito que ocorreu há dez anos, mas que continua tão próximo. Gravado no coração de todos os paranistas e, certamente, também no seu. Sei que a vida de um profissional é feita de alegrias e tristezas e, você, viveu tudo isso aqui na Vila Capanema, na nossa casa.

Houve momentos de dificuldades, é verdade. O início de uma carreira como técnico, no superparanaense de 2002, não foi fácil. No mesmo ano, ainda conviveu com a dura missão de evitar o descenso nas dez últimas rodadas do Brasileirão. O Paranaense do ano seguinte foi também marcado por dificuldades. Mas, tenho certeza, tudo foi superado – e recompensado – com a campanha de 2006. 38 jogos. 38 decisões. Uma campanha inesquecível e que culminou com a vaga na maior competição do nosso Continente, a tão sonhada Libertadores!

Você nos conduziu a outro patamar. Nos separamos desde então, mas alguns vínculos jamais são encerrados. Não definitivamente. O seu nome sempre estará gravado na galeria dos grandes campeões do azul, vermelho e branco. Caio Júnior, por tudo o que você fez, só posso desejar conforto à sua família, na certeza de que você seguirá olhando por todos nós, também em um novo patamar. Obrigado, Caio Júnior! Obrigado, amigo!”

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