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CAMPEONATO PAULISTA

Após fracassos nacionais, Corinthians e São Paulo buscam final e evitar 'inferno'

A equipe alvinegra tem boa vantagem após ter vencido primeiro jogo

postado em 23/04/2017 07:13 / atualizado em 23/04/2017 08:51

Divulgação/Corinthians
O clássico deste domingo colocará Corinthians e São Paulo em posições extremas, entre o céu e inferno, após os 90 minutos. O classificado estará na final do Campeonato Paulista e o novato treinador, seja ele Fábio Carille ou Rogério Ceni, chegará com moral à decisão. O derrotado, no entanto, viverá semanas de tensão, com duas eliminações em menos de sete dias (Copa do Brasil e Estadual), cobranças e muita desconfiança após amargar um semestre sem brigar por título. Assim, os rivais têm todos os motivos do mundo para realizar um grande duelo, a partir das 16 horas, no Itaquerão.

A equipe alvinegra tem boa vantagem. Venceu o primeiro confronto, no Morumbi, por 2 a 0, e pode agora até perder por um gol que vai para a final. Jogará em uma arena lotada de corintianos, que já quebraram o recorde de público do estádio no ano - mais de 41 mil ingressos foram vendidos antecipadamente. Haverá apoio e até mosaico nas numeradas.

Mesmo com cenário favorável, não será fácil superar o São Paulo. O time do Morumbi chega animado para a decisão e isso tem a ver com a boa apresentação contra o Cruzeiro na vitória por 2 a 1 no meio de semana - resultado que não foi suficiente para mantê-lo na Copa do Brasil. “Psicologicamente, a atuação em Minas fortaleceu para esse jogo. Comandamos aquela partida do início ao fim”, disse Rogério Ceni.

Nesse quesito, o Corinthians tem maiores preocupações, uma que vez que caiu no Itaquerão, nos pênaltis, na mesma competição, frente ao Internacional. Mas o técnico Carille garante que o elenco está recuperado e provará isso em campo. “Temos uma vantagem enorme e vamos marcar lá em cima (no campo do rival) para mostrar que a gente quer jogo”, avisou.

Os treinadores sabem que o ‘eliminado’ terá dores de cabeça. Quem perder, só voltará a campo no fim de semana dos dias 13 e 14, quando inicia o Brasileirão. O Corinthians joga dia 13, sábado, com a Chapecoense, em casa, e o São Paulo atuará domingo, dia 14, diante, coincidentemente, do Cruzeiro, que o eliminou da Copa do Brasil.

Eles sabem que até lá serão dias turbulentos, com cobrança de torcida e incertezas sobre o futuro. Ceni e Carille não parecem correr risco de demissão, nem devem, mas quem levar a pior nesta semifinal terá dias complicados após dois fracassos tão próximos um do outro. Ambos estudaram os adversários como manda a cartilha. “Espero um São Paulo aguerrido. O time está ferido e, quando se está assim, a gente busca força onde não tem. Não podemos ser surpreendidos por isso”, avisa Carille. “O Corinthians tem uma maneira bem definida de jogar e nós temos de enfrentar uma equipe que tem a vantagem de dois gols. Vamos atacar, não há outra alternativa”, diz Ceni.

A partida deste domingo também marca o reencontro de Rodrigo Caio e Jô. No domingo passado, o zagueiro admitiu que pisou sem querer no goleiro Renan Ribeiro e fez com que o cartão amarelo dado ao corintiano fosse cancelado - advertência que seria a terceira do atacante e o tiraria da decisão - em ato de fair play, motivo de elogios e polêmica ao longo da semana.

Jô, inclusive, joga para manter uma excelente média no ano. Em quatro clássicos, foram quatro gols, sendo dois no São Paulo, um no Palmeiras e um no Santos. A torcida do Corinthians promete aplausos ao jogador do time adversário.

EQUIPES - Em relação ao time, Carille não tem com o que se preocupar. O único desfalque é Giovanni Augusto, reserva pouco aproveitado. Jô, Jadson e Rodriguinho jogam.

Já Ceni não terá Sidão, Bruno, Buffarini, Lucas Fernandes e Nem, todos machucados, além de Marcinho e Morato, que não foram inscritos. Sem opção para a lateral direita, ele vai improvisar Wesley. Luiz Araújo, Gilberto e Thomaz brigam por uma vaga no ataque.

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