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MUNDIAL DE CLUBES DE VÔLEI

Os gringos dos gringos: clubes que disputam o Mundial em Betim apostam em estrangeiros

Sete dos oito clubes que disputam o torneio lançam mão do aproveitamento de estrangeiros para reforçar suas equipes. Cubanos são maioria, e três estão em Minas

postado em 22/10/2016 11:00 / atualizado em 22/10/2016 10:31

Rodrigo Clemente/EM
O que é ser um aventureiro no esporte? Pode ser aquele que sai de seu país para jogar em outro. Alguns chegam a passar por três, quatro e até cinco lugares diferentes durante a carreira. É o que ocorre, por exemplo, no vôlei. O Mundial de Masculino de Clubes, no Ginásio Divino Braga, em Betim, mostram bem isso: são nada menos que 17 atletas estrangeiros em sete das oito equipes participantes. Nessa Babel, alguns chegam a precisar de tradutores para se comunicar em quadra e com os treinadores.

O maior contingente de estrangeiros é de cubanos – quatro, sendo dois no Cruzeiro: o ponteiro Leal e o meio de rede Simón. No russo Zenit Kazan há um: León, considerado um grande fenômeno em seu país, titular da seleção caribenha aos 16 anos. No Minas, o oposto Bisset.

Os quatro, certamente, seriam titulares na Seleção de Cuba e poderiam até ter disputado os Jogos Olímpicos Rio’2016. No entanto, uma lei do país impede que atleta que tenha deixado o país defenda suas cores. Pior para Cuba, pois os três primeiros estão entre os melhores do mundo: Simón como central, Leal, como sacador e León, ponta.

Antes de chegar ao Brasil, Simón passou por três países: Itália, Catar e Coreia do Sul. Há dois anos, foi vice-campeão defendendo o catariano Al-Rayyan, no Mineirinho. Além da oportunidade de aprender os idiomas, ele vivenciou diferentes escolas de vôlei. “Há dois anos, no Al-Rayyan, a situação era bem diferente. Um time forte, mas que foi reunido apenas para disputar o Mundial. Treinamos por apenas 15 dias. Agora é bem diferente. O Cruzeiro é forte, entrosado. Talvez seja o mais forte que já defendi”

O brasileiro Gustavão, meio de rede do UPCN, da Argentina, tem sua primeira experiência internacional. Vê vantagens em jogar no time de San Juan. “Fui pensando em crescer. A cidade fica no meio do deserto e isso é vantagem quando se fala em concentração nos treinos e preparação para torneios. Estou gostando muito e espero ajudar a equipe a conquistar títulos. Acho que é o que esperam de mim.”

Semifinais
Valendo vaga na final do Mundial de Clubes, Trentino e Zenit Kazan se enfrentam às 15h, no Ginásio Divino Braga, em Betim. Às 18h, o Cruzeiro encara o Bolivar.


TORRE DE BABEL
Bolivar-ARG
Thomas Edgar - Oposto - Australiano
Silmar - Ponta - Brasileiro
Axel Jacobsen - Levantador - Dinamarquês

Cruzeiro
Leal - Ponta - Cubano
Simón - Meio de rede - Cubano

Minas
Bisset - Oposto - Cubano
Aboubacar - Oposto - Maliano

Tala’ea El-Geish-EGI
Ngampourou - Meio de rede - Congolês

Trentino -ITA
Solé - Meio de rede - Argentino
Van der Voorde - Meio de rede - Belga
Stokr - Oposto - Tcheco
Urnaut - Ponta - Eslovaco

UPCN-ARG
Gustavão - Meio de rede - Brasileiro
Uchikov - Oposto - Búlgaro
Vermiglio - Levantador - Italiano

Zenit Kazan-RUS
León - Ponta - Cubano
Anderson - Oposto - Norte-americano

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