A CBF mudou o critério de vagas. Participam 70 representantes das 27 unidades da Federação, escolhidos por meio dos campeonatos estaduais ou de torneios regionais, além dos 10 primeiros colocados no ranking da CBF, o campeão da Copa do Brasil do ano anterior, os quatro primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Série A, o campeão brasileiro da Copa Libertadores ou o campeão brasileiro da Copa Sul-Americana. Desde 2001, quem conquista a Copa do Brasil (com no máximo 12 partidas) garante o direito de participar da Libertadores. Haverá quatro vagas restantes para o país, asseguradas ao campeão, vice, terceiro e quarto colocados do Campeonato Brasileiro.
O primeiro duelo da Copa do Brasil deste ano teve a Desportiva como classificada. Em uma fase preliminar, criada para corrigir um erro da CBF, o time capixaba seguiu adiante na competição após vencer o Atlético-AC por 5 a 4, depois de 1 a 1 no primeiro confronto. Esse duelo só existiu para corrigir uma falha cometida pela entidade ainda em 2012, que deixou as duas equipes de fora. Entre os representantes mineiros, a Copa do Brasil é um marco para o Cruzeiro, campeão em 1993, 96, 2000 e 2003 e vice em 1998. Já o Atlético chegou duas vezes às semifinais, eliminado em 2000 pelo Santos e em 2002 pelo São Paulo. O Ipatinga fez história em 2006, batido nas semifinais pelo Flamengo.
AS FORÇAS DE MINAS
Cruzeiro
Tetracampeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro montou um grupo competitivo, cujos destaques são Dagoberto, Borges e Diego Souza, e trouxe o técnico Marcelo Oliveira, que se tornou um especialista na disputa, apesar de não ter conquistado o título. Chegou à final nas duas últimas edições, no comando do Coritiba, e sabe os segredos dos mata-matas. Veterano entre os atletas celestes, o goleiro Fábio tenta resumir a postura necessária: “É saber jogar como visitante para depois administrar em casa. Não se pode deixar nada para amanhã, porque é complicado tirar a diferença.”
Atlético
Armou um grupo para lhe dar condições de superar as expectativas no Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Brasileiro. Reforços pontuais ainda fazem parte do projeto do Galo. Os dirigentes esperam o término dos estaduais e podem anunciar mais dois jogadores. Além da genialidade de Ronaldinho Gaúcho, aposta no entrosamento do time, com defesa compacta e ataque rápido, com Jô, Bernard e Tardelli, e na força do Galo atuando no Independência. A meta é acabar com o estigma de que não sabe disputar a competição.
Betim
A mudança radical não foi só de nome e cidade. O Betim ficou com apenas cinco jogadores da campanha da Série B: o goleiro Bruno, os zagueiros Pedrão e Max, o volante Marcel e o armador Bruninho. As novidades são o goleiro Gustavo, os laterais Totonho, Stanley e André Luiz, os zagueiros Guilherme, Vinícius e Irineu, os volantes Uchoa, Zotti, Geovane, Denilson, Fábio Romão, os armadores Gedeon e Joelson e os atacantes Cassiano, Da Silva e Robert. O técnico Eugênio Souza acredita que poderá eliminar o Bangu e chegar à segunda fase. O investimento mensal é de R$ 350 mil.
Tupi
O Galo Carijó da Manchester Mineira está fazendo uma boa campanha no Campeonato Mineiro, com chance de ir às semifinais. É parte do projeto 2013 também conseguir dar a sua torcida a alegria de chegar pelo menos às oitavas de final da Copa do Brasil. Na visão do técnico Felipe Surian, a classificação é possível, por ter nas mãos um time arrumado, jogando para a frente e com confiança. Há jogadores experientes, como o lateral-esquerdo Alonso, revelado pelo Cruzeiro e que passou cinco temporadas no Criciúma. Em 2011, o clube foi campeão da Série C, batendo o Santa Cruz na final.
América
O Coelho vem investindo para ganhar mais competitividade na Copa do Brasil. No ano passado, eliminou o Boa Vista, mas caiu diante do Goiás. Com muitas lições, os dirigentes esperam acertar nas contratações, para que o técnico Paulo Comelli tenha um time maduro e eficiente, especialmente fora de casa. A meta é já eliminar o Gurupi no jogo de ida, vencendo por dois gols de diferença, e começar a preparação para enfrentar Avaí ou Volta Redonda. Com jogadores experientes, como Fábio Júnior, Felipe e Leandro Ferreira, e jovens querendo subir, como Lula, Wanderson e Patrick, o América está sonhando alto.
Boa
Com uma campanha discreta no Campeonato Mineiro (é apenas o nono colocado, com 8 pontos em oito jogos), o time de Varginha aposta em jogadores experientes para cumprir um bom papel na Copa do Brasil. Fazem parte do grupo figuras como o zagueiro André Luís (com passagens por Cruzeiro, Santos e Botafogo) e o armador Marcelinho Paraíba (ex-Grêmio, São Paulo e Sport). Um dos destaques é o volante Radamés, mas o Boa, cujas partidas como mandante serão no Melão, conta também com o fato de manter à frente da equipe o técnico Sidney Moraes.