Ministério Público se reúne com organizadas e formaliza banimento dos estádios por seis meses

O Ministério Público de Minas Gerais se reuniu nesta terça-feira com representantes das torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente, do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético. Quem encabeçou as conversas foi o coordenador do Procon-MG, Fernando Abreu.

As conversas serviram para formalizar às organizadas o banimento temporário dos estádios nos dias de jogos. De acordo com a assessoria de imprensa do MP, foram explicados aos líderes das facções os motivos da punição de seis meses.

A medida recomendada pelo Ministério Público será tomada em virtude dos atos de selvageria protagonizados no Mineirão durante o último clássico vencido pelo Alvinegro, por 3 a 2, em 21 de setembro. Dentro e nos arredores do estádio houve confusão, agressões e apreensões de artefatos explosivos e até mesmo uma arma branca.

Não houve nenhum tipo de alívio na decisão. Nesta terça-feira, as torcidas receberam do Procon-MG algumas instruções sobre comportamento durante o período longe dos estádios. O Termo de Ajustamento de Conduta, firmado em 2008, ganhou adequações para a inclusão dessa medida educativa.

Conforme anunciado pelo MPMG nessa segunda-feira, ficou decidido que Máfia Azul, Pavilhão Independente e Galoucura estão banidas temporariamente dos estádios nacionais e dos seus arredores, num raio de cinco quilômetros, nos dias de jogos. A decisão vale por seis meses e se estende a cinco clássicos entre os clubes.

As organizadas têm o prazo de 30 dias para se defender, e a pena será revista após esse período. A medida educativa ainda restringe os torcedores vinculados às organizadas de usar qualquer vestimenta, faixa, bandeira ou boné alusivos à agremiação durante o período de banimento. A exposição dos nomes das organizadas não será permitida e nem a cessão de ingressos, conforme ocorre em alguns clubes do país.