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LUTO

Carlos Alberto Parreira lembra bastidores de 1970 e ressalta liderança de Carlos Alberto

Parreira era o preparador físico da Seleção Brasileira na Copa de 70

postado em 25/10/2016 15:25

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Carlos Alberto Parreira era um preparador físico de 27 anos na delegação brasileira da Copa do Mundo de 1970. O treinador, que ficaria marcado pela conquista do tetra 24 anos mais tarde, lembra do período em que trabalhou com o capitão do tri Carlos Alberto Torres, falecido nesta terça-feira.

“A gente partia para a final da Copa contra a Itália, eram 10 horas da manhã. Ele (Carlos Alberto) me viu com a cara fechada, e perguntou: ‘Garoto, você está preocupado com o quê?’. Eu respondi que estava com medo daquele timaço da Itália. E ele falou, com toda confiança: ‘Para de se preocupar, com esse time que a gente tem, vamos ganhar mole da Itália’”, lembrou Parreira em entrevista ao Seleção SporTV.

Dito e feito: o Brasil venceu a Itália por 4 a 1 e conquistou o tri no Mundial do México, com aquela que, para muitos, é a maior seleção de todos os tempos. O Capita deixou sua marca na final, com um gol antológico após passe de Pelé, levantou a taça e ficou marcado por sua liderança.

“Foram cinco meses de trabalho, de convivência, ele foi um líder ao lado de Pelé e Gerson. A gente não chegou na final só ganhando dentro de campo, mas também fora de campo, graças ao Carlos Alberto. Essa liderança vinha da habilidade dele de ser bem articulado, pela postura que tinha fora de campo. E também pela qualidade técnica”, falou.

O ex-técnico da Seleção Brasileira elogiou a postura diferenciada de Carlos Alberto fora de campo e seus trabalhos como técnico e comentarista depois de deixar os gramados no início dos anos 1980.

“Sem dúvida, o Carlos Alberto foi um dos maiores laterais da história do futebol e líder em todos times que atuou. Foi técnico, campeão brasileiro, comentarista, vai deixar uma falta muito grande por tudo que representou. Era um homem de personalidade, não tinha pudor de falar suas ideias, independente da pressão de grupos”, finalizou Parreira.

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