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CLÁSSICO

Árbitro de Cruzeiro x América relata festival de palavrões em expulsões de Bento e Givanildo

Dewson Fernando de Freitas explicou motivos pelos vermelhos aplicados aos técnicos

postado em 30/05/2016 16:46 / atualizado em 30/05/2016 17:19

Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
Árbitro responsável pelo apito no clássico entre Cruzeiro e América, nesse sábado, pelo Brasileirão, o paranaense Dewson Fernando de Freitas relatou em súmula uma verdadeira chuva de palavrões trocados pelos técnicos Paulo Bento e Givanildo Oliveira, no Mineirão. Os dois acabaram expulsos antes do término da partida por se desentenderem na área técnica.

No documento (veja foto abaixo), divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Dewson diz que o técnico português foi expulso depois de “sair da sua área técnica e ir em direção ao 4º árbitro da partida, Sr. Igor Júnio Benevenuto reclamando de maneira acintosa da arbitragem, proferindo as seguintes palavras: ‘Só 4 minutos de acréscimos, ele esta (sic) louco’ neste momento o mesmo foi em direção ao treinador do América E.C. e proferiu as seguintes palavras: ‘Vai se f**** , seu p****’.

Já o técnico do América, Givanildo Oliveira, teria respondido a altura o treinador cruzeirense e, por isso, foi colocado para fora. “Por sair de sua área técnica e ir em direção ao treinador do Cruzeiro E.C, e proferir as seguintes palavras: ‘vai se f*** seu babaca, esta (sic) querendo tumultuar o jogo, m****’”, relatou o árbitro. A punição também sobrou para o preparador físico do Coelho, Wellington Vero, que teria participado do festival de ofensas.
Reprodução



Paulo Bento e Givanildo não poderão ficar no banco de reservas nos próximos compromissos de Cruzeiro e América, respectivamente. O clube celeste encara o Botafogo, às 21h45, no Mané Garrincha, em Brasília. O Coelho, por sua vez, recebe a Ponte Preta, na quinta, às 19h30, no Independência. Cláudio Prates deverá ser o responsável por orientar o América.

Entenda o caso

O clássico mineiro entre Cruzeiro e América terminou com empate por 1 a 1, resultado ruim para os arquirrivais, e muita confusão nos minutos finais. Tudo por conta do pedido feito pelo técnico cruzeirense Paulo Bento para que seus jogadores dessem sequência à partida depois que um adversário mandou a bola à lateral para que Rafael Bastos, supostamente contundido, recebesse atendimento médico. O português entendeu que o atleta americano só queria ganhar tempo. Por isso, pediu ao volante cruzeirense Bruno Ramires não devolvesse a bola ao rival.

Jogadores americanos se revoltaram com a atitude, pois esperavam fair play do Cruzeiro.

Em seguida, Paulo Bento se queixou com o quarto árbitro Igor Benevenuto do acréscimo de quatro minutos determinado pelo paraense Dewson Fernando Freitas da Silva. O técnico americano Givanildo Oliveira não gostou nada da tentativa do colega de ‘querer interferir na arbitragem’ e foi em direção ao português perguntar se ele apitaria a partida. Depois de muito bate-boca à beira do gramado, o árbitro expulsou os dois técnicos.

Revoltado, o meia Xavier, do América, também discutiu com o técnico do Cruzeiro e mostrou irritação com o episódio. “Ele usou uma expressão não de boa índole. Até me surpreendeu pelo que eu tinha visto dele nas entrevistas, pela educação que ele tinha. Ter mandado o Cruzeiro não devolver a bola, além de ter usado palavras desnecessárias, tanto que causou a confusão fora de campo. Acho que o maior espetáculo é dentro de campo. A gente faz o espetáculo. Não tinha nada a ver uma coisa aqui fora. A gente caiu, machucou e deveriam devolver a bola, fazer o 'fair play'. Isso não aconteceu. Estamos de consciência limpa, quem errou foi o Cruzeiro e eles sabem disso. Eu fico mais indignado de ter vindo de um treinador, de ter falado isso para os seus atletas”.

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