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DA ARQUIBANCADA

Agora, somos todos Manos

Se temos força para tirar um técnico, temos força também para empurrar o time. Temos de mostrar aos jogadores que acreditamos neles e vamos apoiar até o fim

postado em 02/09/2015 12:00 / atualizado em 02/09/2015 08:21

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Quando comecei a escrever este texto, fiquei sabendo que Mano Menezes seria o nosso novo técnico. Fiquei surpreso e feliz com a indicação. Não esperava nome tão bom. Agora, tenho certeza de que o nosso futuro neste Campeonato Brasileiro terá nova direção.

A pressão que a torcida estava exercendo nas redes sociais e dentro do estádio era absurda. Os xingamentos ao presidente e os cantos de adeus ao “profeXor” eram constantes. Se reclamamos e pedimos as mudanças, agora, que elas vieram, temos mais é que apoiar o time dentro e fora de campo. Domingo, será a oportunidade de mostrar de perto que acreditamos na recuperação. Hora de encher o Mineirão.

Acabei de votar numa enquete, no Superesportes, e o apoio ao nome do Mano é muito grande. Que ele seja muito bem recebido pela torcida no domingo e esse histórico recente de derrotas seja coisa do passado. Se ele aceitou conduzir a nossa retomada, é sinal de que acredita no elenco, e com certeza teremos que estar com ele até o fim. Não tem essa história de “eu acredito” do nosso lado. Nós podemos e temos time para isso.

Se fomos responsáveis por essa mudança de técnico, temos de ser também pelo apoio ao time nas arquibancadas. Que as trocas constantes de jogadores acabem e, finalmente, possamos conhecer quem são nossos titulares. No jogo contra o Santos, parecíamos um time de pelada, que não sabia o que fazer com a bola. Fomos até muito pacientes com o que estava acontecendo.

Agora, somos todos Manos, somos todos irmãos buscando um mesmo resultado. Se temos força para tirar um técnico, temos força também para empurrar o time. Temos de mostrar aos jogadores que acreditamos neles e vamos apoiar até o fim.

Nosso presidente nos escutou: temos um novo técnico competente e descansado. Temos três jogos pela frente antes de chegar ao clássico, que agora será na nossa casa. Quero nesse dia já estar mais tranquilo para consolidar essa recuperação tão sonhada.

Vamos lá, galera, agora não tem choro, vela nem galinha morta. O nome que pedimos chegou e temos de mostrar que não somos só de reclamar. Às vezes, não entendemos bem por que precisamos escolher caminhos tão tortos para alcançar nossos objetivos. Já sofremos demais, já passou da hora de mudar.

O desastre anunciado já estava de certa forma previsto. Confesso que fiquei decepcionado com a saída do “profeXor” dessa maneira. Não conseguia ver em suas palavras e atitudes a força de vontade que sempre foi sua marca pessoal. Talvez seja a hora de repensar a vida e o que ele quer fazer.

Por falar em sonho, num reino próximo de nossas casas, o príncipe encastelado e seus súditos aprontaram mais uma contra o maior de Minas. Agora, foi nas categorias de base. Ficaremos sempre de olho, pois, num passado não muito distante, já tivemos problemas. Estávamos fracos dentro e fora de campo. Mas tenho certeza de que isso está mudando.

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