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COLUNA DO JAECI

Uma noite terrível

Resta saber o que acontecerá no dia de hoje, pois a diretoria, o técnico e os jogadores deverão ter uma reunião muito séria

postado em 27/08/2015 12:00 / atualizado em 27/08/2015 08:15

MONTAGEM COM FOTOS EM DA PRESS E DIÁRIO CATARINENSE
O futebol mineiro está eliminado da Copa do Brasil. No começo da noite, o Atlético foi despachado pelo Figueirense ao ser derrotado por 2 a 1, em Florianópolis, acabando com o sonho de conquistar o bi consecutivo da competição. No fim da noite, foi a vez de o Cruzeiro ser derrotado pelo Palmeiras por 3 a 2, em mais uma jornada infeliz, em que foi totalmente dominado no primeiro tempo, quando sofreu três gols. O técnico Vanderlei Luxemburgo, cobrado pela torcida, mudou a equipe, pondo Bruno Rodrigo na vaga de Manoel. Mas o que o torcedor queria mesmo era a barração de Paulo André, que esteve abaixo de qualquer crítica. E para o azar do treinador, Bruno Rodrigo foi expulso no primeiro tempo, ao fazer falta em Gabriel sendo o último homem. Daí em diante, a coisa desandou e o Palmeiras não fez cinco ou seis gols porque não quis. A torcida gritava, pedindo a saída de Luxemburgo, de Paulo André e de boa parte do time e da diretoria. Quando as coisas não vão bem, é sempre assim. Luxemburgo poderia também ter tirado um dos três volantes e entrado com um time mais ofensivo e com um jogador de mais qualidade. Porém, nada está dando certo.

No Sul, Levir Culpi, resolveu colocar Patric no ataque. Patric estava fora dos planos por ter acertado com um time turco. Mas o treinador achou que ele poderia conter os avanços do lateral-direito do Figueirense. Não deu certo. Com a expulsão de Leonardo Silva, Culpi teve de sacar Patric para recompor a defesa. E foi justamente quem entrou no lugar de Patric, Edcarlos, que fez o gol atleticano, virando o primeiro tempo à frente e com a classificação temporária. Mas havia o segundo tempo, e ele foi cruel para o Galo. Com dois gols de cabeça, ambos em cobrança de escanteio, o Figueirense eliminou o Atlético. O time de Levir Culpi não conseguiu criar as jogadas, Lucas Pratto ficou isolado e nada pôde fazer. Não era noite do Galo, não era noite de Culpi, e muito menos de Patric. Agora resta ao Galo lutar pelo título do Brasileiro, que não ganha há 43 anos. E seu principal concorrente é o Corinthians, que também foi eliminado da Copa do Brasil pelo Santos. Ambos deverão dedicar-se exclusivamente ao Brasileirão.

Voltando ao Mineirão, o Cruzeiro esteve abaixo de qualquer crítica. Deu sorte de o Palmeiras ter tirado o pé. Se os paulistas tivessem um pouco mais de vontade, teriam fechado o primeiro tempo com cinco ou seis gols. O time azul estava perdido em campo e até parecia que o Palmeiras era uma equipe de homens, e o Cruzeiro, de crianças, tamanha a facilidade com que dominavam a bola e a tomavam dos jogadores azuis. E olha que o Palmeiras estava sem vários titulares. Veio o segundo tempo e, com ele, Charles na lateral direita, Manoel na zaga e De Arrascaeta na frente. O Cruzeiro melhorou, criou situações e acabou conseguindo dois gols, que diminuíram o vexame, mas não a fúria do torcedor. Eles pediam a saída do técnico Luxemburgo, da diretoria e de alguns jogadores. A maioria estava revoltada com a campanha do time na temporada, já que foi eliminado do Mineiro, da Libertadores, da Copa do Brasil, e está muito mal no Brasileiro, a um ponto da zona de rebaixamento.

Domingo, a chave será virada para o Brasileiro, em que a equipe tem apenas 22 pontos e, caso não vença o Santos, pode entrar no Z4, o que seria uma temeridade. Resta saber o que acontecerá no dia de hoje, pois a diretoria, o técnico e os jogadores deverão ter uma reunião muito séria para definir prioridades. Em princípio, o presidente não pensa em demitir Luxemburgo, pois acredita no trabalho dele. Resta saber até quando, pois a pressão da torcida será forte. Luxemburgo assumiu a responsabilidade, disse que entende a reação e insatisfação do torcedor, mas não vai entregar o cargo. Ele acredita que vai dar a volta por cima e reverter o quadro atual. É esperar para ver.

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