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COLUNA DO JAECI

O apito revolta o Galo. Cruzeiro alivia sufoco

Acho difícil alguém tirar a taça do Corinthians. Na bola é possível, pois o Timão joga feio e na retranca, mas com a ajuda dos árbitros, a coisa fica mais difícil

postado em 03/09/2015 12:00 / atualizado em 03/09/2015 13:50

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Nova Jérsei –
Eu escrevi que o Atlético só perderia o título brasileiro se fosse na mão grande, e o que temos visto em alguns jogos, é exatamente isso. Favorecimento ao Corinthians, em prejuízo das outras equipes. O que se viu no Horto, ontem (foto), foi vergonhoso. O torcedor paga ingresso, apoia o time, e vem um cidadão mal preparado, ou mal intencionado e mete a mão. Outro dia, no nosso Alterosa no Ataque, simulei a entrega da taça de campeão brasileiro ao Corinthians. Depois do que tenho visto nos jogos, é mesmo para ficarmos envergonhados. Por isso o futebol brasileiro está na lama.

Não culpo Tite, nem tampouco seus jogadores. Eles fazem o trabalho deles. Culpo o tal do Sérgio Corrêa, incompetente, que jamais apitou nada. Porém, culpo também o Galo, um time que caiu de produção de forma assustadora, que foi eliminado da Copa do Brasil, pelo Figueirense, e que não joga mais aquele futebol do turno. A equipe está mudando do vinho para a água, coisa que eu não acreditava. E a cada rodada, vai ficando mais distante do Corinthians e do título. A derrota, ontem, para o Atlético-PR, mostrou um time confuso, apesar dos erros da arbitragem. Não há como negar que todos que assistiram ao jogo nos Estados Unidos perceberam a péssima arbitragem.

Entra ano, sai ano, e a história se repete. Em 2013 e 2014, por mais que os árbitros quisessem prejudicar o futebol mineiro, não conseguiram. O Cruzeiro sobrava em campo e abria vantagem significativa para os concorrentes. Em 2010 foi nítida a ajuda ao Fluminense, que o diga, Sandro Meira Ricci, que tirou o Cruzeiro da jogada, ao dar um suposto pênalti de Gil em Ronaldo. Em 2012, novamente uma ajudinha ao tricolor carioca, e o título ficou no Rio.

Vocês acham que eles deixariam o futebol mineiro ganhar Brasileiro e Copa do Brasil três vezes seguidas? Só se fôssemos inocentes. Cravei o Galo campeão por acreditar na lisura do esporte. Mas escrevi que se o time não caísse de produção, se Levir Culpi não inventasse, e se a arbitragem fosse isenta. Infelizmente, as três combinações estão acontecendo, justamente na reta de definição de quem vai realmente chegar. Acho difícil alguém tirar a taça do Corinthians. Na bola é possível, pois o Timão joga feio e na retranca, mas com a ajuda dos árbitros, a coisa fica mais difícil. É uma pena que uma equipe invista na possibilidade de ganhar o Brasileiro, depois de 43 anos, e veja o sonho ir por terra, por conta de erros crassos dos árbitros, ou por erros venais. Que cada um tire sua conclusão e que o tal de Sérgio Corrêa seja execrado do futebol. No comando da arbitragem, ele é uma lástima.


Sufoco
Num jogo conturbado e cheio de lances duvidosos, o Cruzeiro conseguiu importante vitória sobre a Ponte Preta, respira mais aliviado e chega aos 25 pontos. O gol de Vinícius Araújo, no último lance da partida, mostrou que o grupo queria dedicar a vitória ao Deivid, que dirigiu a equipe ontem, pois todos correram para abraçá-lo. O Cruzeiro fez um bom primeiro tempo, sofreu um gol em falha de Willians, mas conseguiu os três preciosos pontos. Não consegui identificar, ainda, se o grupo estava boicotando Luxemburgo ou não. Ao longo dos jogos vamos saber. O Cruzeiro ainda está longe do que a torcida deseja, mas terá dois jogos para fazer vitórias, em casa, contra Figueirense e Vasco. Vasco, que, aliás, está praticamente rebaixado. Também buscar em Jorginho a solução para não cair é mesmo piada de mau gosto.

O importante, porém, é que o time azul venceu, garantiu três pontos, e consegue uma trégua com sua torcida. Mano Menezes assume a partir de amanhã, mas o clube pensa em manter Deivid e Antônio Melo. Porém, se Luxemburgo for mesmo para a China, deverá leva-los. De qualquer forma, o Cruzeiro alivia uma pressão que o estava colocando em grau de ebulição. Agora, terá tempo para trabalhar com os pés no chão e mais tranquilidade para achar o time ideal. Como este ano o objetivo é mesmo não cair, mãos a obra Mano Menezes. A parada não é simples, nem tranquila, mas assim como Flamengo, Santos, Inter e São Paulo, o time azul não pretende cair jamais. É o que pensa a diretoria e os torcedores. O resto, é com o novo técnico e com os jogadores. Pelo menos na noite de ontem, a China Azul dormiu mais tranquila e feliz.

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