A Olimpíada acabou e deixou um belíssimo legado para o carioca, principalmente no quesito transporte urbano. A coisa vai melhorar muito em termos do caótico trânsito. Foram gastos R$ 39 bilhões, dos quais, segundo as autoridades, 60% da iniciativa privada. Porém, o governo gastou cerca de R$ 17 bilhões, dos quais R$ 8,5 bilhões no metrô. Com certeza os outros R$ 8,5 bilhões dariam para investir na segurança, educação e saúde. O Rio esteve seguro com a Força Nacional de Segurança nas ruas. Homens do Exército, com tanques e fuzis, vigiando os principais morros e favelas. Violência quase zero. Só que a lona do circo olímpico foi desmontada segunda-feira, e todo esse aparato de segurança será removido. Tenho um amigo da cúpula da Polícia Civil que me disse que a previsão é de que em setembro o governo estadual não tenha dinheiro para pagá-los. Isso é grave. O estado já se declarou quebrado e falido. Por que não decretar estado de calamidade pública na segurança e manter a Força de Segurança Nacional o ano inteiro? Os pagadores de impostos vão agradecer. Com certeza o governo federal vai dar uma força financeira e resolver a situação. Por isso sempre fui contra os Jogos, embora os tenha aplaudido. Foi uma belíssima Olimpíada dentro da nossa realidade de país pobre, quebrado e de quinto mundo. Confesso que estou com saudade do clima olímpico. Quem torceu contra se deu mal. Parabéns a Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e do Comitê Organizador, e a toda a sua equipe. O Rio virou manchete mundial – e pelo lado bom, o que é mais importante.
Copa do Brasil
O Atlético é vice-líder do Brasileiro, com 38 pontos. Com mais 33 pode até chegar ao título, já que a média este ano é das piores da história. O Flamengo, em 2009, foi campeão com 67 pontos. Neste ano, a coisa girará em torno disso. Não vi a partida contra o Atlético-PR, mas um amigo atleticano disse que o Galo jogou mal, mesmo vencendo por 1 a 0. O time oscila muito e isso é preocupante. Teoricamente, 10 vitórias e dois empates em 17 jogos restantes podem ser suficientes para o título, mas não é qualquer equipe que consegue essa sequência. Repito que o Galo teve a sorte de a tabela, quando estava no Z-4, pegar adversários fracos em casa. Agora, vai pegá-los fora, e todos no desespero para não cair. Vamos ver como a equipe vai se comportar. E hoje, pela Copa do Brasil, pega a Ponte Preta em sua estreia na competição. Tem de fazer o resultado em casa, pois no jogo de volta será difícil bater a Macaca em Campinas. A Copa do Brasil é bem diferente de campeonato por pontos corridos. O mata-mata nivela muito as equipes.
Cruzeiro
Belíssima a contratação do centroavante Ramón Ábila, que já tem cinco gols no Brasileirão. Este, sim, um verdadeiro centroavante argentino, que conhece como poucos o cheiro das redes. Parabéns aos dirigentes, que souberam garimpar e enxergar este atleta no país vizinho. E o time começa a ganhar corpo e a cara de Mano Menezes. Daqui a pouco estará figurando entre os postulantes a uma vaga na Libertadores. Tem grupo e time para isso. A lamentar a grave contusão do goleiro Fábio, que ficará oito meses longe dos gramados. Pela sua experiência e liderança, vai fazer muita falta.
Vaia
O prefeito Eduardo Paes levou sonora vaia quando teve seu nome anunciado na cerimônia de encerramento dos Jogos. Vaia merecida, já que ele é o mesmo que disse a Lula que Maricá era uma “cidade de m.....” Paes é o mesmo que era inimigo de Lula, mas que se curvou a ele só para conseguir se eleger prefeito do Rio. Suas pretensões políticas ao governo do estado estão sepultadas. Não ganha eleição nem para síndico de prédio.