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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro fez bonito. Galo foi medíocre

postado em 29/08/2016 12:00 / atualizado em 29/08/2016 08:13

Edesio Ferreira/EM/D.A Press

Quase 50 mil pagantes. Famílias se deliciando com o tropeiro e os sorvetes. Em campo, um time mais forte, mais encorpado, mais competente, em busca de três pontos e do afastamento definitivo da zona da degola. O primeiro tempo foi complicado. O Cruzeiro parecia um pouco desinteressado. Imagino o que ocorreu no vestiário. Acredito que o técnico Mano Menezes tenha dito: “Meus atletas, temos aqui quase 50 mil torcedores querendo ver gols e a confirmação de nossa evolução. Voltem para o segundo tempo e ganhem o jogo”. E não demorou para seus comandados obedecerem. Robinho pegou rebote, dominou no peito e fuzilou, de fora da área. A bola ainda bateu na trave e entrou. Quatro minutos depois, De Arrascaeta fez grande jogada pela esquerda e deixou Ramón Ábila e a rede: 2 a 0. Estava sacramentada a vitória azul, e o time celeste ainda mandou uma bola na trave. As poucas ameaças do Santa Cruz serviram para que o goleiro Rafael confirmasse que pode e deve ser o substituto de Fábio. Com o contrato renovado até 2019, o jovem goleiro tem tudo para se confirmar. O Cruzeiro chegou aos 26 pontos, está mais próximo do grupo de cima, ainda no bloco intermediário. Dá para brigar por vaga na Libertadores, mas ainda precisa ser mais coerente, oscilar menos e se desligar menos do jogo. Fosse o primeiro tempo ontem contra um adversário mais qualificado, o time poderia ter sofrido um revés. Agora é virar a chave e encarar o Botafogo, na Ilha do Governador, na quarta-feira, pela Copa do Brasil. É nessa competição, em que é o maior ganhador ao lado do Grêmio (quatro títulos), que o torcedor aposta para gritar “é campeão” neste ano.

Sorte

Na Arena do Grêmio, o Atlético teve atuação medíocre, mas contou com a sorte para somar um pontinho no fim da partida. Livrou-se de uma goleada histórica, já que o time gaúcho chutou mais de 30 bolas a gol, ao passo que o mineiro nem sequer havia finalizado, até que Robinho empatou. Uma das atuações mais lamentáveis e ruins neste Brasileirão. A maioria dos jogadores esteve abaixo da crítica. O Atlético Mineiro, como tenho escrito, é um time que oscila, muito mais para baixo do que para cima, e se quiser pensar em ser campeão terá de mudar sua postura. A inconstância é a tônica, e as substituições são previsíveis e comuns. Ontem, o técnico Marcelo Oliveira poderia ter tirado um dos volantes para pôr Robinho. Mas optou por trocar seis por meia dúzia, tirando Fred. Muitas vezes um treinador precisa ousar, criar, para buscar o resultado. O lugar-comum é sempre ruim. O Palmeiras abriu boa vantagem sobre o Galo, que caiu para terceiro. Se continuar com esse futebol burocrático vai continuar na fila. Não adianta ter grupo qualificado, com bons limões, se a limonada não é feita a contento.

Violência sem fim

Uma mãe vai buscar sua filha na escola, é assaltada e assassinada na frente da criança e nenhuma autoridade fica indignada. Ocorreu em Porto Alegre, na sexta-feira, mas virou rotina no Brasil. Uma triste rotina, onde a vida humana parece não interessar as autoridades. O Brasil é uma vergonha! Não há um político sequer interessado em mudar o Código Penal, com penas mais duras e severas para esses monstros, que ceifam 52 mil vidas por ano, vítimas de arma de fogo ou arma branca? Claro que não. Os políticos, em sua maioria ladrões, andam em carros blindados, helicópteros e jatos particulares. E ainda tem político que defende bandido querendo ser prefeito de BH. Que VERGONHA!

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