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COLUNA DO JAECI

Injustiça no Paraná

Com a bola rolando, foi um excelente jogo, e o Galo massacrou, mostrando futebol de primeira linha, volume de jogo e muita qualidade

postado em 25/05/2017 12:00 / atualizado em 25/05/2017 08:50

BRUNO CANTINI / ATLÉTICO
Num jogo de muitas oportunidades, em que o Atlético foi soberano e jogou muita bola, o Paraná derrotou o alvinegro por 3 a 2, de virada, no jogo de ida da Copa do Brasil, em um dos resultados mais injustos que já vi. O Atlético criou inúmeras situações, transformou o goleiro Leo no herói da partida e volta para BH derrotado. O Paraná virá ao Horto com a vantagem de jogar pelo empate. Antes de a bola rolar, fiquei a me perguntar o que leva um ser humano a agredir o outro, de graça? Roger Machado dava entrevista e, ao fundo, torcedores do Paraná mandavam ele para aquele lugar. Que vergonha! Que falta de educação e civilidade! Roger é um trabalhador, que está técnico do Galo, mas que amanhã poderá estar dirigindo o Paraná. Por isso, o futebol brasileiro dá nojo. Com a bola rolando, foi um excelente jogo, e o Galo massacrou o Paraná, mostrando futebol de primeira linha, volume de jogo e muita qualidade. A lamentar, mais uma atuação apagada de Cazares. Contra equipes grandes ou intermediárias, que sabem marcar, ele realmente não consegue jogar.

O primeiro tempo foi todo do Galo. Criou situações, mas fez apenas um gol, com Elias. O goleiro Leo foi um paredão. Não fosse ele, e o Atlético teria definido a classificação já na primeira partida. O Paraná teve uma chance e aproveitou, Guilherme Biteco, em cobrança de falta. Quem me acompanha aqui e no blogs.uai.com.br/alterosanoataque sabe o quanto sugeri que Roger usasse três volantes, adiantando Elias, que é excepcional e sabe fazer gols. Até aqui, cinco gols em seis jogos. E somente depois dessa mudança o Galo cresceu. Fico impressionado como os técnicos brasileiros são desatualizados. Não veem nem o que ocorre em território nacional. O ex-jogador da Roma Mancini disse em entrevista que “os técnicos brasileiros são desatualizados e estão atrasados em relação aos europeus”. Ele tem razão. A maioria é preguiçosa e não estuda. Sentem-se acima do bem e do mal, acham que já sabem tudo. Não é o caso de Roger, que parece ouvir sugestões e tem humildade para assumir os erros. Gosto e torço por ele, tem potencial para crescer.

O Galo voltou para a etapa final com a mesma disposição, enquanto o Paraná explorava os contra-ataques. Num deles, acertou a trave. Seria injusto, pois o Galo era melhor o tempo todo. Felizmente, também num contra-ataque, Robinho recebeu na área, limpou e bateu forte: 2 a 1. Mas o Paraná não desistia. Felipe Alves, que acabara de entrar, cabeceou e empatou 2 a 2.  E tinha mais: Guilherme Biteco ajeitou de fora da área e chutou no canto. Victor pulou atrasado e falhou: 3 a 2. Um resultado injusto pelo que o Atlético apresentou. O futebol é realmente ingrato. O Galo criou “800” situações, para usar uma hipérbole, figura de linguagem. O Paraná chutou pouquíssimas vezes, mas foi eficiente e contou com a falha de Victor. O velho ditado está mais em voga do que nunca: “Quem não faz leva”.

Messi condenado

O tribunal de apelação da Espanha manteve a pena de 21 meses de prisão a Lionel Messi e seu pai por sonegação fiscal. Entretanto, nenhum deles vai para a cadeia, pois segundo as leis espanholas um condenado a pena inferior a 21 anos com bons antecedentes criminais pode pagar multa e cumprir a pena em liberdade. Messi sonegou 4,1 milhões de euros e ainda vai pagar multa de 1,6 milhão de euros. Esses jogadores acham que podem tudo, inclusive sonegar impostos. E olha que Messi deve ser bilionário, pois está renovando contrato com o Barcelona, que lhe renderá cerca de R$ 150 milhões anualmente. Como é o craque do time desde 2007, quando Ronaldinho Gaúcho passou a faixa para ele, são 10 anos no auge, com três conquistas de Liga dos Campeões e muitos milhões de euros amealhados. Não sei o que passa na cabeça desses caras. Ganham fortunas, moram em países que dão todas as condições de vida boa e ainda se negam a pagar imposto. A maioria sai daqui da América do Sul, mas há europeus metidos a espertos também.

No Brasil, é comum o cara receber parte do salário na carteira (normalmente 10%) e o restante por direito de imagem. Cria uma empresa e paga imposto bem menor. Mas há os que fazem falcatruas maiores. É o país da impunidade, da bandalheira, da roubalheira. Depois que o Brasil for passado a limpo, com a prisão de políticos corruptos e ladrões, seria bom o Ministério Público entrar no futebol, para moralizá-lo também. A promiscuidade corre solta e são poucos os dirigentes corretos.

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