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Atlético aponta ilegalidade do Cruzeiro na cessão de ingressos e obtém 'apoio' do STJD

Galo questiona 'artimanhas' do rival para não aumentar carga para visitante

postado em 24/11/2014 19:41 / atualizado em 24/11/2014 20:07

Thiago de Castro /Superesportes

Maria Tereza Correia/EM/D.A Press
O Atlético ainda luta por 10% da carga total de ingressos para a final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira. A diretoria jurídica alvinegra voltou a acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta segunda-feira para que o espaço para seus torcedores seja aumentado no Mineirão.

Lásaro Cândido da Cunha, diretor-jurídico atleticano, revela que o STJD ratificou a decisão dada na sexta-feira, mostrando-se favorável ao requerimento do Galo. “O presidente do STJD deu uma nova comunicação ao Cruzeiro e as partes para que se cumpra a liminar, que se faça cumprir os 10% para a torcida visitante”, disse ao Superesportes.

Na sexta-feira, o STJD informou que “a carga de ingressos destinada à torcida visitante está bem abaixo do que ela tem direito de adquirir”. O Cruzeiro ofereceu blocos no setor roxo que comportam 2.736 torcedores. Segundo a Polícia Militar, é possível que 1.854 atleticanos assistam ao jogo com segurança. O número que o Atlético busca, com o aval do STJD, é de 6.217 ingressos.

O diretor jurídico alvinegro questiona a postura da diretoria celeste na cessão dos bilhetes para a finalíssima. “Não é assim que se cumpre regulamento, de forma bisonha. O Cruzeiro está fazendo um deboche da legalidade”, afirma Lásaro, que vê “artimanhas” feitas pelo rival.

Lásaro cita que o Cruzeiro não respeitou o prazo que o Atlético tinha para requerer a sua cota de 10% dos ingressos, iniciando a venda para a sua torcida antes. “Vendeu por conta dele. A partir do momento do sorteio, tem prazo para requisitar os 10%, que é até três dias úteis antes da partida. O prazo não é para as nuvens, é para as partes”.

Outra “artimanha” seria o fato de o Cruzeiro dizer que pode ceder mais espaço para os atleticanos, mas em setores diversos do estádio. “Para fugir do cumprimento da liminar, o Cruzeiro diz que tem ingressos, mas espalhados, para a polícia dizer que não é viável”, comenta.

Na visão do diretor do Galo, o Cruzeiro está sujeito a punições caso não mude a sua postura: "Não é só a multa que eles estão chamando de multinha. Tem outras punições que eles também podem sofrer".

Ingressos pagos


O Atlético efetuou o depósito de cerca de R$ 725.000,00 nesta segunda-feira para receber os 1.854 ingressos que já foram reservados para a sua torcida pelo Cruzeiro. Contudo, o diretor-jurídico reclama mais uma vez da postura do rival, que ainda não fez a entrega, impossibilitando a venda.

“É um segundo descumprimento de regra que o Cruzeiro está cometendo. O pagamento já foi feito e ainda não recebemos os ingressos, que estão com eles”, diz Lásaro.

Independência x Mineirão


Lásaro Cândido da Cunha ainda fez um paralelo entre os estádios Independência e Mineirão, palco das finais da Copa do Brasil e das polêmicas em relação à cessão de ingressos para visitantes.

“Essa questão de órgão de segurança dar um número de torcedores visitantes diz respeito a uma impossibilidade em face da posição de cada estádio. No Independência, tem laudo que vigora anualmente e é renovado com a visão da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que mostra qual é o espaço designado para a torcida visitante. Não pode ser outro setor. Já no Mineirão, a carga de 10% pode ser disponibilizada em vários setores. Exemplos são os jogos que fizemos contra Corinthians e Flamengo. A torcida do visitante ficou em um setor que não tem nada a ver com o que o Cruzeiro nos oferece”.

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