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Entenda por que o Cruzeiro triunfa tanto no Campeonato Brasileiro

Atual campeão, Cruzeiro só melhora: vencedor do primeiro turno da Série A com duas rodadas de antecedência, time mineiro reforça favoritismo ao bi em 2014

postado em 26/08/2014 11:46

Braitner Moreira /Correio Braziliense

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Levantar a taça do Campeonato Brasileiro com quatro rodadas de antecedência no ano passado — igualando a marca do São Paulo de 2007 — não foi suficiente para o Cruzeiro. Com um início ainda mais acelerado do que o de 2013, o time de Marcelo Oliveira não precisou nem chegar à metade do Nacional para amplificar a condição de favorito ao título. São 12 vitórias, três empates e duas derrotas, aproveitamento de 76,5%, mesmo jogando cinco vezes com um time misto. Jamais um clube havia imposto sete pontos de vantagem sobre o vice-líder após 17 partidas.

O que mudou em relação a 2013? Praticamente nada. E esse é o segredo da equipe de Marcelo Oliveira. Enquanto os demais candidatos ao título tateiam, entre vitórias e crises, em busca do melhor estilo de jogo e do time titular ideal, a Raposa está pronta há meses. Apresenta novas variações rodada a rodada, mas mantém o domínio da posse de bola, a tranquilidade na troca de passes, a força nas jogadas pelo alto e o entrosamento mesmo com a entrada de reservas.



Dos 11 titulares do Cruzeiro na conquista do ano passado, só dois deixaram o time: o zagueiro Bruno Rodrigo e o centroavante Borges, que saíram apenas porque se machucaram e, por isso, acabaram superados por Léo e Marcelo Moreno, reservas imediatos. Dos atletas que fizeram mais de 10 jogos no último Brasileirão, quatro deixaram o clube: o volante Souza, o meia Élber e os atacantes Luan e Vinícius Araújo.

Pacientes em controlar o jogo pelo tempo necessário, os mineiros se especializaram em decidir jogos na reta final: um quarto dos gols do Cruzeiro saiu nos 15 minutos finais. O dado também escancara a importância dos reservas. Habituados a mudar a cara do jogo, aceitam a condição sem levantar a voz. Desde a chegada de Marcelo Oliveira, em janeiro de 2013, apenas o volante Souza exigiu jogar mais. Foi negociado para o Santos em menos de um mês.