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Em entrevista a jornal gaúcho, Tinga fala da lesão, ambiente no Cruzeiro e amizade no futebol

Volante revelou que nunca viveu algo igual ao que tem nos bastidores da Toca

postado em 26/08/2014 14:44 / atualizado em 26/08/2014 17:53

Redação /Superesportes

Edesio Ferreira/EM/D.A Press.

O volante Tinga viveu um dos capítulos mais tristes de sua carreira profissional na última sexta-feira, quando se lesionou seriamente na Toca da Raposa II. Numa dividida com o goleiro Rafael, durante um treino técnico, o jogador fraturou a tíbia e a fíbula da perna direita.

Levado para um hospital de Belo Horizonte no mesmo dia, e operado na manhã seguinte, o meio-campista falou pela primeira vez sobre o incidente. Ele concedeu entrevista ao Jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e explicou como foi a jogada em que se lesionou.

“Foi em um lance normal, de treino. Jogávamos sete contra sete. O Dagoberto me passou a bola, eu dominei, na hora do giro, me choquei com o Rafael (goleiro do Cruzeiro). Não sei dizer se ele se chocou comigo e bateu com o braço ou com a perna. Sei que deu um estalo alto, ali eu já sabia que tinha quebrado, perna estava mole. Senti tanta dor que não enxergava direito. Olhava para a frente, via o goleiro e enxergava tudo turvo”, disse ao jornal gaúcho.

Um fato chamou ainda mais atenção nas palavras de Tinga. O volante exaltou o tratamento recebido nos tempos de Grêmio e Internacional, mas disse que nunca viveu algo igual ao que tem nos bastidores da Toca, justificando o sucesso do Cruzeiro em campo com a amizade construída fora dele.

“Sempre tive tratamento VIP no Grêmio, no Inter… Até os jogadores do Inter vieram aqui me visitar… e é nessa hora que tu vê que tua carreira vale a pena, pela relação de amizade, pela parceria (depois do jogo do Colorado contra o Atlético, em BH, o jogador recebeu as visitas de Paulão, Alex e Juan). Mas posso te afirmar uma coisa: 'aqui no Cruzeiro eu vivo algo que nunca vivi em lugar algum'. Eu tenho muita liberdade, muita afinidade com todos aqui. É diferenciado no Inter, claro. O Luigi me ligou, o Carvalho, o Dunga, o Carravetta, o Falcão. O tratamento que eu tenho aqui é incrível. As pessoas não entendem porque ganhamos. É que somos muito amigos. Não é só futebol”, completou.

Se depender do apoio recebido pelos colegas de Cruzeiro, Tinga não viverá uma incógnita para a sequência da carreira. Segundo os médicos, sua lesão foi semelhante à de Anderson Silva, que fraturou os ossos da perna em uma luta do UFC e voltará ao octógono 13 meses depois da lesão.

“Você imagina ver 20 homens chorando ao teu redor. Eu fiquei desesperado. Chorei muito. Para mim, na hora, pensei que o futebol havia acabado. Mais tarde, os médicos me explicaram que essa é a lesão mais tranquila de todas. Mas, antes disso, eu fiquei tão cabisbaixo, de uma forma que não desejo a ninguém. O ânimo veio dos amigos, companheiros… No mesmo dia, cheguei no hospital, já tinha gente do clube no quarto, jogadores, estavam me esperando”, finalizou.

Ainda não há previsão de quando Tinga poderá voltar às atividades normais. Por enquanto, o jogador está de repouso em sua residência e em breve deve começar sessões de fisioterapia.

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