Cruzeiro
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CRUZEIRO

Artilharia aérea

Time mostra extenso repertório de jogadas, mas uma das principais tem sido pelo alto

postado em 29/08/2014 11:00 / atualizado em 29/08/2014 09:21

Eugênio Moreira /Estado de Minas

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Na goleada por 5 a 0 sobre o Santa Rita-AL, quarta-feira, no Mineirão, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, os três primeiros gols do Cruzeiro foram marcados de cabeça. Mas não é a fragilidade da equipe alagoana a justificativa por esse alto aproveitamento das jogadas aéreas da equipe do técnico Marcelo Oliveira. No Campeonato Brasileiro, dos 34 gols da Raposa, mais de 40% deles, 14, foram feitos de cabeça, tanto por jogadores de ataque quanto de defesa. O atacante Marcelo Moreno e o armador Ricardo Goulart fizeram quatro cada.

Essa característica vem desde o ano passado, na conquista do terceiro título brasileiro, e se manteve na atual temporada. Dos primeiros sete gols marcados no Mineiro deste ano, cinco saíram pelo alto. Agora, essa virtude da equipe já se repetiu na estreia na Copa do Brasil. Apesar de ser um ponto forte do Cruzeiro, as jogadas aéreas não limitam a criatividade do time, já que os jogadores também conseguem boas trocas de passes e penetração pelo meio da área, com a bola no chão.

As bolas levantadas na área, e não apenas os gols de cabeça, têm sido fundamentais para a boa campanha da Raposa no Brasileiro. Logo na estreia, a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, na Fonte Nova, saiu com dois gols de cabeça. Os três pontos também foram conquistados assim em vitórias apertadas contra o Atlético-PR, Coritiba, Palmeiras e, por último, Grêmio.

Diante do Coxa, além de fazer um de cabeça, Ricardo Goulart marcou com o pé, depois de cruzamento pelo alto de Éverton Ribeiro. Contra o Sport, a situação se repetiu. Marcelo Moreno fez um de cabeça, e Goulart, o segundo, quando saltou, errou a cabeçada, mas desviou a bola com a coxa. Na goleada sobre o Figueirense, Dagoberto fechou o placar, completando cruzamento de Mayke. No empate por 1 a 1 com o Botafogo, no Maracanã, foi o zagueiro Léo quem finalizou jogada área iniciada por Éverton Ribeiro. Às vezes, até um adversário complementa um lance criado pelos cruzeirenses. Contra o Vitória, o zagueiro Alemão marcou contra, ao tentar cortar um levantamento na área.

POUPADOS
Depois de serem poupados contra o Santa Rita-AL, o zagueiro Léo, os armadores Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro e o atacante Willian treinaram ontem e devem voltar ao time na partida de amanhã, às 18h30, contra a Chapecoense, no Mineirão, pela penúltima rodada do turno do Brasileiro. Depois de garantir o título simbólico por antecipação, o Cruzeiro quer manter ou, se possível, ampliar a vantagem sobre o vice-líder São Paulo, que é de sete pontos. “A Chapecoense marca bem e será um jogo difícil”, alerta Marcelo Oliveira.

Uma preocupação do técnico é com a lateral esquerda. O titular Egídio se recupera de fratura na mão esquerda e Samudio ainda sente falta de ritmo. Diante do Santa Rita, o treinador até orientou o paraguaio a não subir muito. “Pedimos que ele não passasse tanto no segundo tempo, mas havia um apelo pelo ataque”, conta Marcelo Oliveira, que demonstra confiança no jogador: “Ele tem bom cruzamento e vai nos ajudar bastante, até por ser experiente”. O técnico, no entanto, já antecipou que pode deslocar Ceará para a esquerda, em caso de necessidade.

A partida de amanhã será a última de Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, antes da apresentação à Seleção Brasileira do técnico Dunga, para os amistosos nos Estados Unidos, em 5 e 9 de setembro, contra Colômbia e Equador. Lucas Silva e Alisson viajam na segunda-feira para três amistosos da Seleção Sub-21, de Alexandre Gallo, no Catar. Os quatro desfalcam o Cruzeiro na partida de volta contra o Santa Rita-AL, quarta-feira, em Arapiraca, contra o Fluminense, dia 7, no Maracanã, e provavelmente dia 11, diante do Bahia, no Mineirão. Já Samudio foi liberado da Seleção Paraguaia.

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