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CRUZEIRO

Demolidor de marcas

Cruzeiro atropela a Chapecoense e supera pontuação do turno de 2013 na Série A

postado em 31/08/2014 11:00 / atualizado em 31/08/2014 08:59

Silas Scalioni /Estado de Minas

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O primeiro tempo foi tenso. Desvantagem em casa, uma insistência para além da conta em bolas aéreas e uma defesa adversária que ofereceu pouco espaço. Mas a etapa final recolocou o Cruzeiro na rota que o consagrou até esta 18ª rodada do Campeonato Brasileiro: como um demolidor de marcas. Os 4 a 2 sobre a Chapecoense, de virada, serviram para mostrar por que o time segue 100% no Mineirão pelo Nacional.

Na vitória, a Raposa rompeu a barreira dos 100 gols na temporada, chegando a 103. Em números, a equipe celeste superou os 40 pontos do turno de 2013, indo a 42 faltando ainda o jogo com o Fluminense. Além disso, o atacante Marcelo Moreno se igualou na artilharia com Ricardo Goulart (nove) e passou a ser o segundo estrangeiro que mais balançou as redes pelo time mineiro. Agora com 37, ele superou o argentino Montillo e busca o recorde do espanhol Carazo, da época do Palestra Itália, com 44.

O placar até que poderia ser ainda mais dilatado, mas, apesar da vitória tranquila, a torcida sofreu um pouco nos 45 minutos iniciais. O jogo começou como previsto: o Cruzeiro pressionando, e logo aos 8min Dedé, depois de cobrança de escanteio, cabeceou com perigo para fora. Mas um minuto depois, a Chapecoense também assustou contra-atacando pela direita. E foi também em um contra-ataque que a equipe catarinense abriu o placar, aos 11min. Em rebote da defesa, Dedé chutou da entrada da área, a bola desviou em Zezinho e entrou. O juiz assinalou gol de Zezinho.

O líder do Brasileiro parecia ter sentido o golpe e se perdeu um pouco. Só voltou a ameaçar o gol de Danilo aos 20min, mas a zaga salvou já com o goleiro batido. O time celeste foi se recuperando do baque aos poucos para pressionar a meta adversária. Ainda que insistisse demasiadamente nas bolas aéreas, não deu trégua aos visitantes.

A torcida sentiu o momento e voltou a apoiar, depois de uma arrefecida. Marcelo Moreno, aos 32min, de muito longe, quase fez um golaço, com Danilo espalmando para escanteio. A pressão contiuou até o fim do primeiro tempo – sem sucesso.
O que não funcionou na etapa inicial funcionaria na final: as bolas aéreas. Alisson no lugar de Willian era sinal de que o Cruzeiro seria ainda mais agressivo. E não deu outra. Logo aos 2min, Maike chutou forte assustando Danilo, e, dois minutos depois, o zagueiro Leo empatou de cabeça. A torcida mal comemorava quando, aos 6min, Marcelo Moreno mostrou quem realmente manda no Mineirão no Brasileirão, cabeceando para as redes e iniciando a virada.

Fulminante

Mesmo pressionada, a Chapecoense quase empatou com Zezinho após cruzamento da direita. A reação veio com Éverton Ribeiro, em chute de dentro da área que raspou a trave direita de Danilo. O terceiro gol, entretanto, viria logo a seguir. Em excelente jogada de Lucas Silva, que lançou Mayke, Alisson aproveitou uma sobra de bola e fuzilou para o gol. Quando o Cruzeiro estava melhor, ameaçando aplicar mais uma goleada histórica, a Chapecoense voltou a marcar, em troca de passes pela esquerda que Bruno Rangel concluiu. Mas não deu nem tempo de a torcida se assustar, pois praticamente na saída de bola, aos 26, Mayke, em jogada pela direita, cruzou para Marcelo Moreno de cabeça fazer o quarto.

Com a vitória garantida, a torcida pediu Dagoberto. Marcelo Oliveira atendeu e colocou o xodó da China Azul em campo. Porém, o jogo caiu de ritmo e quase nada mais ocorreu até o fim. O Cruzeiro poderia ter ampliado, pois ainda criou chances, mas preferiu se preservar. O próximo desafio será o Fluminense, no Maracanã.

Cruzeiro 4 x 2 Chapecoense

Cruzeiro
: Fábio; Mayke, Leo, Dedé, Samudio; Henrique, Lucas Silva (Nílton 34 do 2º), Éverton Ribeiro; Willian (Alisson intervalo), Ricardo Goulart e Marcelo Moreno (Dagoberto 32 do 2º)
Técnico: Marcelo Oliveira
Chapecoense
: Danilo; Ednei, Rafael Lima, Jaílton, Nelton; Wanderson, Abuda, Dedé, Zezinho; Camilo e Bruno Rangel
Técnico: Celso Rodrigues
Estádio: Mineirão
Gols: Zezinho 11 do 1º; Leo 4, Marcelo Moreno 6, Alisson 12, Bruno Rangel 24 e Marcelo Moreno 25 do 2º
Árbitro: Dewson Fernando Freitas Silva (PA)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Heronildo Freitas da Silva (PA)
Cartão amarelo: Ednei, Abuda, Marcelo Moreno, Henrique, Éverton Ribeiro e Lucas Silva
Pagantes: 26.682
Renda: R$ 1.203.320

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