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Em entrevista a revista nacional, Gilvan dá dicas do sucesso: "Não somos feira de jogadores"

Programa de sócios, inspiração em europeus e Marcelo Oliveira foram citados

postado em 20/09/2014 15:23 / atualizado em 20/09/2014 15:31

Redação /Superesportes

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press.

O presidente Gilvan de Pinho Tavares foi entrevistado pela Revista Placar e comentou o sucesso do Cruzeiro, que briga pelo título nacional no segundo ano consecutivo. Entre os pilares da força celeste, o mandatário enalteceu o programa de sócios, o controle das finanças, a postura firme em não vender jogadores a qualquer preço e o técnico Marcelo Oliveira.

Ao comentar as entre 2012, ano de seu primeiro mandato, e a situação atual, o presidente celeste exaltou o programa de sócios e a montagem de times competitivos com o apoio vindo dos torcedores fiéis.

“O Cruzeiro não pode ser uma feira de jogadores. Em vez de fazer caixa vendendo ídolos, construiríamos um time forte com eles. Fizemos um planejamento e começamos a montar essa equipe em 2012, com o objetivo de equilibrar as contas e nos manter na Primeira Divisão. Com a volta do Mineirão em 2013, eu sabia da necessidade de reativar o sócio-torcedor. Contratamos um consultor, que já havia implementado com êxito esse tipo de programa em um clube do Rio Grande do Sul e também no exterior, para nos ajudar nessa retomada. Hoje temos mais de 60.000 associados. Com a entrada da nova receita, não houve necessidade de vender jogadores”, disse à Placar.

Gilvan revelou que se inspirou na gestão de um diretor com passagens pelo futebol inglês e espanhol.“Eu gosto de estudar e leio muito. Minha gestão se inspira na filosofia de Ferran Soriano (CEO do Manchester City e ex-vice-presidente do Barcelona, um dos responsáveis pela reestruturação do clube catalão nos anos 2000) e, agora, na Alemanha. Não há mal nenhum em imitar o que dá certo”, completou.

O resgaste do jogo de toque refinado, característica marcante do Cruzeiro dos anos 60, também foi pauta na entrevista concedida por Gilvan. O mentor desse projeto foi valorizado, mais uma vez, pelo mandatário. A intenção é segurar Marcelo Oliveira por mais tempo na Toca. O contrato do treinador vence em dezembro e Gilvan foi o principal incentivador de sua chegada em 2013.

“O Marcelo Oliveira é um treinador que conhece bem o futebol moderno, prima pelo toque de bola e o jogo ofensivo. Essa é uma característica histórica dos grandes times do Cruzeiro, desde a época de Tostão, Piazza e Dirceu Lopes. Quando o torcedor mais antigo vê nosso time jogar, resgata a memória e se dá conta de que a tradição do Cruzeiro é atacar, jogar um futebol envolvente. Estamos muito satisfeitos com o trabalho do Marcelo e já pensamos em segurá-lo por mais tempo”, finalizou.

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