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CAMPEONATO BRASILEIRO

"Futebol, às vezes, é muito injusto"

Marcelo Oliveira lamenta a derrota, mas elogia o Cruzeiro pelo que criou no clássico de ontem. Jogadores garantem que resultado não irá abalar a equipe, que segue folgada na ponta

postado em 22/09/2014 11:00

Paulo Galvão /Estado de Minas

ALEXANDRE GUZANSHE / EM DA PRES
Os cruzeirenses deixaram o Mineirão bastante chateados com a derrota por 3 a 2 no clássico contra o Atlético. Porém, foram unânimes em garantir que o resultado não vai abalar a equipe, que continua na liderança isolada do Campeonato Brasileiro. “Futebol, às vezes, é muito injusto. Jogamos bem, criamos muitas chances, acertamos três bolas na trave. Eles chegaram três vezes e fizeram três gols. Mas é assim mesmo. Vamos levantar a cabeça e seguir nossa caminhada”, disse o armador Alisson, um dos destaques do time celeste, tendo marcado um gol e acertado a trave duas vezes.

O jogador vem crescendo muito de produção e já caiu nas graças da torcida, mas deixou o campo no meio do segundo tempo reclamando de uma fisgada na coxa esquerda, preocupando a China Azul e sendo substituído por Dagoberto. Porém, garante que saiu mais por precaução, pois a Raposa tem compromissos importantes pela frente tanto no Brasileiro quanto na Copa do Brasil.

“Senti o adutor puxando e até tentei prosseguir, mas, para evitar o risco da contusão se agravar, o (técnico) Marcelo (Oliveira) achou melhor me tirar. Agora é trabalhar para voltarmos a vencer já na próxima partida”, declarou o jogador. O técnico Marcelo Oliveira confirmou a versão e diz que só tirou o prata da casa, que era o melhor do time celeste, por precaução.

Para o comandante, não foi a substituição que causou a derrota do time celeste, mas os próprios erros do Cruzeiro. “Não venceu quem foi melhor, mas não podemos dizer que não teve mérito quem fez os gols. O Atlético chegou poucas vezes, mas soube aproveitar as chances. Tivemos bolas na trave, chances perdidas. Erramos as finalizações, mas tivemos um volume muito bom”, afirmou o treinador, triste pelo resultado, mas não pelo que sua equipe produziu.

Para ele, o Cruzeiro tem de seguir seu caminho e não se deixar abater. “O Atlético se propôs a jogar bastante fechado e aproveitou o apagão de nossa equipe para marcar dois gols. Depois, voltamos para a partida, mas o terceiro gol não saiu. O importante é que continuamos na frente, com a mesma diferença de pontos para o segundo colocado.”

A opinião é compartilhada pelos atletas, como o lateral-esquerdo Egídio e o volante Lucas Silva. Para eles, a Raposa foi melhor e merecia melhor sorte.

“O Cruzeiro se impôs desde o primeiro minuto e, na minha opinião, foi melhor. Uma injustiça ter tomado o terceiro gol. Mas futebol é assim. Ao menos continuamos líderes e com boa distância para o segundo colocado”, disse o camisa 16, que teve boa atuação. “Estou sempre procurando ajudar, hoje (ontem) infelizmente não conseguimos a vitória, mas vamos continuar trabalhando.”

LONGE DE CASA Hoje, os atletas celestes voltam aos trabalhos na Toca da Raposa II. Amanhã, a equipe embarca para a capital paranaense, onde enfrenta o Coritiba, quarta-feira, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. De lá, seguirá para Recife, local da partida contra o Sport, sábado. O próximo compromisso no Mineirão será diante do ABC-RN, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, em 1º de outubro. Pelo Nacional, o próximo compromisso em casa é contra o Internacional, dia 4 de outubro.

NOVO LATERAL CHEGOU
Antes do clássico de ontem, o Cruzeiro apresentou o lateral-esquerdo Breno Lopes, de 23 anos e que estava no Paraná. Ele teve os direitos adquiridos por um grupo de investidores e foi repassado à Raposa, com quem assinou contrato por cinco anos. “É algo inexplicável vir para o Cruzeiro, o maior clube do Brasil atualmente. É uma felicidade imensa. Sou mineiro (de Itacarambi) e minha família ficou muito feliz. Era o meu time quando era criança. O primeiro uniforme que tive foi do Cruzeiro”, disse o jogador, que disputará posição com Egídio, enquanto Samudio se recupera de contusão no joelho esquerdo.