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Paixão pelo Cruzeiro reúne família

Família de Santa Luzia conta com gerações de cruzeirenses, que acompanham o time há décadas

postado em 23/11/2014 08:35

Ivan Drummond /Estado de Minas

Marcos Michelin/EM D.A Press

O que significa ser torcedor do Cruzeiro neste momento em que o time está bem perto de conquistar o segundo Campeonato Brasileiro seguido, que corresponde ao quarto título nacional, e, de quebra, ainda pode ser pentacampeão da Copa do Brasil, festejando a segunda Tríplice Coroa da história do clube? Para a Família Milan, que mora em Santa Luzia e viveu todas as grandes conquistas do time celeste a partir da década de 60, é a continuidade de um grande clube, que nasceu para colecionar troféus.

Apesar de viver fora de Belo Horizonte, não encontram empecilhos para acompanhar o Cruzeiro. Tanto é verdade que todos por lá são sócios-torcedores e estarão hoje no Mineirão, empurrando o time para conquistar mais um título: Laíze Milan, de 58 anos, o namorado Carlos Alves, de 64, o filho Guilherme, de 22, o irmão Danilo Milan, de 54, a mulher Cláudia, 50, os três filhos, Victor, de 24, a namorada, Francelle de Souza, de 22, Davi, de 19, Pablo, de 12; outro irmão, Eduardo Milan, de 48; os amigos da família, cujos pais foram colegas de colégio, Debora Gomes, de 34, e Cláudia Prazeres, de 37, cujo pai é atleticano, e um norte-americano, Mattew Lawrencs.

A festa começou na última quinta-feira, depois da vitória de virada por 2 a 1 sobre o Grêmio. “Cada um foi para um canto. Assisti em casa, o Danilo na dele, assim como o Eduardo. E depois, a cada gol, era um tal de gritar de sua casa. Como moramos todos juntos, também comemoramos todos juntos depois do jogo” conta Laíze.

A proximidade das casas é tamanha que existe entre elas, em três lotes, um espaço comum com churrasqueira e piscina. E lá, pôsters do Cruzeiro, de todos os tempos, estão nas paredes. E as geladeiras, que são duas, estão pintadas em azul e branco e têm as cinco estrelas, grandes, do escudo do time.

Foi lá que combinaram o domingo (hoje), na sexta-feira, tudo regado a cerveja e tira-gosto. Ontem foi dia de churrasco e o assunto um só: o Cruzeiro e a possibilidade do título. Os planos são muitos. E de tempos em tempos, um ou outro ía até em casa e trocava de camisa. Guilherme, o filho de Laíze, não sabe quantas camisas tem, todas dadas pela mãe. “É uma grande coleção. Tem camisas de antigamente e dos tempos atuais.”

E por falar em antigamente, Laíze se orgulha de ter acompanhado todas as grandes conquistas. “Vi o Cruzeiro conquistar a Taça Brasil em 66, que virou Brasileiro. Vi as duas conquistas da Libertadores, estive lá nos jogos. Vi as quatro Copas do Brasil, os outros dois Brasileirões, duas Supercopas, e acho que vou ver esse título, que se acontecer, aumentaria as chances de derrotar o Atlético na quarta-feira. Se tudo isso acontecer, de quebra será mais uma Tríplice Coroa.”

“A programação deste domingo (hoje) já está pronta”, diz Guilherme. “Vou para o Mineirão às 8h. Vou com um grupo de amigos e vamos fazer churrasco lá perto do estádio.” Danilo conta que vai depois, por volta de 11h, meio-dia. “Antes a gente ía para o estádio e tinha o que beber e o que comer. Hoje tudo é muito ruim e não tem cerveja. Nunca vi confusão alguma por conta disso. Engraçado, hoje, sem bebida, tem muito mais confusão. É algo que acho muito estranho. Acabaram com grande parte do prazer de ir ao campo. Mas não tem importância. Vou e quero festejar mais um título.”