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Filho de herói do bi chega a BH nesta terça para torcer pelo penta do Cruzeiro na Copa do Brasil

Marcelinho Ramos sairá de Salvador para assistir à decisão entre Cruzeiro e Atlético

postado em 25/11/2014 08:33 / atualizado em 24/11/2014 15:12

Gilmar Laignier /Superesportes

Arquivo/EM/D.APress / Arquivo Pessoal

O torcedor do Cruzeiro tem na memória algumas conquistas que entraram para a história do clube pelo caráter de superação. Uma das mais representativas delas ocorreu em junho de 1996. O time celeste derrotou o Palmeiras, de virada, em pleno Palestra Itália, por 2 a 1, e conquistou o bicampeonato da Copa do Brasil. Dois personagens dessa história ficaram marcados: o goleiro Dida, que salvou o time em diversas oportunidades, e o atacante Marcelo Ramos, que anotou o gol do título, aos 37 minutos do segundo tempo.

Dezoito anos depois, o Cruzeiro tem a possibilidade de escrever mais um capítulo importante de sua história. Desta vez, o adversário é o Atlético, e a missão também é quase impossível: derrotar o maior rival por três gols de diferença. Nas arquibancadas, um torcedor ilustre estará presente. Marcelinho, filho de Marcelo Ramos, chegará de Salvador na terça-feira para torcer de perto pelo time onde o pai brilhou.

Arquivo/EM/D.APress
”Tenho um carinho muito grande pelo Cruzeiro. Foi este clube que projetou meu pai para o Brasil e para o mundo. Foi pelo Cruzeiro que ele conquistou os maiores títulos da carreira. Sou apaixonado pelo Bahia, porque nasci em Salvador, mas meu carinho pelo Cruzeiro é grande demais, não escondo isso de ninguém”, revela Marcelinho, que reside na capital baiana, onde o pai também fez história vestindo a camisa tricolor.

Curiosamente, Marcelinho se hospedará em Belo Horizonte na casa de outro herói do bicampeonato, o goleiro Dida, que atualmente defende o Internacional, mas ainda possui imóveis na capital mineira. Marcelo Ramos aprovou a aventura do filho, mas não o fará companhia. Ele ficará em Salvador cuidando do mais novo integrante da família, o pequeno Bento Ramos, de apenas três meses.

“Meu pai tem cuidado do meu irmão mais novo, que nasceu há pouco tempo. Depois que ele se aposentou, acabou se desligando um pouco do futebol, raramente vai aos jogos do Bahia comigo, em Salvador, acho que ficou saturado, foram muitos anos vivendo o futebol diariamente. Mas, ele é cruzeirense e certamente torcerá pelo clube nesta quarta, contra o Atlético”, garante Marcelinho.

Hoje com 20 anos, o estudante de Direito tem muitas lembranças da infância em Belo Horizonte. Motivado pela fase vitoriosa vivida pelo pai, ele acredita piamente na virada do Cruzeiro sobre o rival. “Estou muito confiante nesta virada, porque cresci vendo o Cruzeiro ganhar títulos no Mineirão. Sempre fui pé-quente. Se Deus quiser, serei novamente”, brinca o filho do quinto maior artilheiro da história celeste.

O título inesquecível

A Copa do Brasil de 1996 foi um dos títulos mais surpreendentes da história do Cruzeiro. O Palmeiras havia sido campeão paulista semanas antes, com a melhor campanha da história do torneio: 27 vitórias em 30 jogos, 102 gols marcados e apenas 19 sofridos.

Arquivo/EM/D.APress
O time alviverde era amplo favorito contra o Cruzeiro. Depois de um empate no primeiro jogo no Mineirão, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo abriu o placar no Palestra Itália aos 5 minutos, dando pinta de que aplicaria uma goleada na Raposa, como havia feito com outros adversários na época: 6 a 0 no rival Santos, 5 a 0 no Atlético, entre outros.

Na noite de 19 de julho, porém, o esquadrão de Rivaldo, Djalminha, Luizão, Cafu e companhia parou no goleiro Dida. Mesmo pressionado, o Cruzeiro surpreendeu os paulistas e virou a partida, com gols de Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos. O gol da virada ocorreu aos 37 minutos do segundo tempo, depois de uma falha do goleiro Veloso, que soltou a bola nos pés do artilheiro Marcelo.

No dia seguinte, os campeões foram recebidos com festa pela torcida e desfilaram em um carro do Corpo de Bombeiros. Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 mil torcedores foram às ruas de Belo Horizonte ovacionar os jogadores, em uma das maiores manifestações populares da capital mineira.
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