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Com procura recorde, Cruzeiro vende 20 mil camisas em poucas horas e aguarda novo lote

Estabelecimentos fecharam as portas nessa sexta às 2h para suprirem demanda

postado em 17/01/2015 12:44 / atualizado em 17/01/2015 12:51

Sílvia Volpini

Foi mais difícil do que comprar ingresso para decisão de campeonato. A nova camisa do Cruzeiro teve procura recorde e os torcedores tiveram que passar longas horas nas filas para adquirir o produto. Alegria para alguns, frustração para outros. Grande parte dos cruzeirenses esperou por várias horas e mesmo assim não conseguiu comprar o uniforme.

Segundo o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa, o clube não se preocupa com o esgotamento das peças em poucas horas, pois a reposição do estoque ocorrerá no próximo dia 23, nas lojas oficiais do clube. Na semana subsequente, todas as lojas esportivas de Minas também receberão o produto.

“Foi um recorde na história do Cruzeiro. Chegaram ao mercado ontem à noite 20 mil camisas. A gente já sabia deste cenário, e por isso o torcedor pode ficar tranquilo que não faltará peça. A reposição será rápida, o segundo lote chegará às lojas oficiais até o dia 23. Já estão sendo confeccionadas mais de 100 mil camisas sem patrocinadores, que serão vendidas nos primeiros meses do ano”, garantiu Marcone.

“Não estamos preocupados com o fato de a camisa esgotar. Isso é um problema bom. Nossa maior preocupação é a reposição. E existe a promessa do Cruzeiro e da Penalty ao torcedor que a reposição ocorrerá a contento”, completou o diretor de marketing celeste.

Longa espera e frustração

Na noite dessa sexta-feira, na loja do Barro Preto, a fila começava em uma ponta do quarteirão da rua Timbiras, “dobrava” a esquina e terminava no meio do quarteirão da rua Mato Grosso. Nas lojas do clube nos shoppings da capital, houve superlotação e as vendas ocorreram até as 2h da madrugada.

Vários estabelecimentos distribuíram senhas para os torcedores nas filas, a fim de garantir o produto a todos, dentro do limite de peças disponíveis no estoque, mesmo assim não foi suficiente e vários cruzeirenses foram embora para casa sem a camisa, depois de esperar por várias horas na fila.

Na manhã deste sábado, a situação se repetiu. No Barro Preto, a fila dobrava o quarteirão. Na loja do Mineirão, os torcedores começaram a formar fila às 7h, à espera da abertura do estabelecimento, previsto para as 10h. Por volta de 9h40, o primeiro funcionário da loja chegou e avisou à multidão que não havia mais camisa à venda, gerando revolta e frustração.

Sílvia Volpini

Segundo o funcionário, as camisas se esgotaram em todas as lojas da capital mineira. A franquia dele recebeu mil peças, todas comercializadas durante a noite. Posteriormente, a reportagem apurou que ainda restavam algumas unidades em algumas lojas da capital, mas em tamanho GG, e com expectativa de se esgotarem até o fim do sábado, diante da grande procura.

O engenheiro Felipe Oliveira, de 33 anos, se indignou no Mineirão. “Foi a mesma que aconteceu da outra vez, toda vez é este problema, a gente chega achando que vai conseguir camisa e não consegue. Mais uma vez o Cruzeiro não se estrutura e não consegue fornecer a quantidade necessária nessa estreia”, disparou.

A solução encontrada pelo lojista foi fazer uma lista com as pessoas que estavam na fila e realizar uma pré-venda. Os torcedores pagaram pelo uniforme e receberam uma senha para resgatarem a camisa assim que chegar um novo lote na loja. “Surgiu essa pré-venda e vou comprar nela e aguardar para ver se realmente vai chegar a camisa”, completou Felipe.

A advogada Thaís Caldeira Brant, de 26 anos, também se arriscou na pré-venda, diante do receio de ficar sem a blusa. “Cheguei hoje com expectativa grande de comprar a camisa, mas 20 minutos antes da abertura da loja fui surpreendida com a notícia que não tinha mais camisa, elas foram vendidas ontem em outra loja, então eu fiquei frustrada realmente. Mas, agora fui surpreendida novamente com uma pré-venda, então a expectativa é positiva. Vou comprar duas, uma para mim e outra para meu namorado”, revelou.

Cofres cheios

O diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa, explicou que o contrato entre a Penalty e o Cruzeiro tem um plano de metas. A cada lote de camisas comercializadas, o clube ganha um bônus em dinheiro da fornecedora. O dirigente não quis revelar o valor, mas se mostrou satisfeito.

“O Cruzeiro tem um contrato em que recebe um valor relativo à exposição da marca Penalty e um valor relacionado à venda. A cada bloco de vendas atingido, o Cruzeiro recebe uma bonificação em cima disso. Se as vendas continuarem nesse ritmo, nossa expectativa é receber pelo menos três bônus”, comemorou Marcone.

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