Cruzeiro não esquece carência na armação, e Gilvan vê Lucas Lima como 'sonho de consumo'

A história da contratação de mais um meia armador parece contar com capítulos intermináveis na Toca da Raposa II. O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, reuniu esforços nas últimas semanas para encontrar um substituto para Everton Ribeiro, mas se viu sem alternativas diante da escassez do mercado. Tentou Wagner, Alex, Gedoz, Cleiton Xavier e Cristian Rodríguez. Nas inúmeras situações, encontrou entraves que impossibilitaram a transferência. Apenas uma das tentativas - também frustrada no primeiro momento - ainda não saiu da cabeça do mandatário: Lucas Lima, do Santos.

Gilvan comentou com pessoas próximas que o meia santista, de 24 anos, é seu 'sonho de consumo'. O presidente acredita que Lucas é o jogador ideal para compôr, ao lado do uruguaio Arrascaeta, o meio campo do time de Marcelo Oliveira. O Cruzeiro estaria disposto, apenas nessa negociação, a abrir os cofres e gastar parte dos cerca de R$85 milhões que lucrou nas vendas de Lucas Silva, Everton Ribeiro e Ricardo Goulart.

O Cruzeiro tem a Doyen Sports, investidora dona de parte dos direitos de Lucas, como grande parceira e maior esperança para que a negociação se concretize no futuro. Renato Duprat, representante brasileiro responsável pelo fundo maltês, também ajudou o clube celeste na contratação de Leandro Damião. Empresário de Lucas Lima, Edson Khodor é mais cauteloso e aposta na permanência de seu cliente no Santos.

“Eu tinha (propostas de) Itália e China e não aceitaram. O Lucas também não aceitou sair do Santos agora. Triplicamos o salário dele (na renovação de contrato) e continua no Santos até 2017. Podem aparecer situações na próxima janela, mas para a Europa”, disse o agente em entrevista à reportagem no dia 9 de fevereiro. Uma das ofertas apresentadas por Khodor e recusadas pelo Peixe teria alcançado 9 milhões de euros.

A expectativa dentro do clube é de que o Cruzeiro volte à carga para tentar contratar o meia do Santos nos próximos meses. O regulamento da Copa Libertadores permite ao clube inscrever novos jogadores a partir das oitavas de final. Depois do inesperado empate contra o Huracán, no Mineirão, Marcelo Oliveira voltou a cobrar do presidente um parceiro para Arrascaeta.