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Trio deixa meio-campo mais encorpado e garante bons resultados ao Cruzeiro de Mano Menezes

Henrique, Willians e Ariel Cabral vêm mostrando entrosamento no Brasileiro

postado em 11/10/2015 11:00 / atualizado em 10/10/2015 20:39

Paulo Filgueiras e Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

A melhora do Cruzeiro desde a chegada de Mano Menezes passa pelo meio-campo. Escalado pela primeira vez depois da saída do técnico Vanderlei Luxemburgo, no início de setembro, o trio formado pelos volantes Henrique, Willians e Ariel Cabral deu a consistência que a equipe buscava desde o início do ano, quando perdeu jogadores importantes, como Lucas Silva, Nílton, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro.

Com os três em campo, o Cruzeiro perdeu apenas uma vez, empatou três jogos e venceu dois. Foram 10 gols marcados e sete gols sofridos. Mais do que números, o importante é a evolução da equipe, como foi mostrado no empate sem gols com o Grêmio, domingo passado, no Mineirão, quando a equipe dominou, mas não aproveitou as chances criadas.

O segredo do êxito do trio parece ser a diversidade. Com características distintas, eles se completam e têm feito bem tanto o trabalho de proteção da defesa quanto o de armação das jogadas. Enquanto Henrique está atuando mais recuado sob comando de Mano Menezes, dando qualidade à saída de bola, o “carregador de piano” Willians foi adiantado, cobrindo a lateral e ajudando quem atua no ataque pela direita. Pelo lado esquerdo, o papel cabe ao argentino Ariel Cabral, que entrou no time justamente na primeira partida pós-Luxemburgo (vitória por 2 a 1 sobre Ponte Preta, em Campinas) e não saiu mais.

“Realmente (a formação) deu uma liga legal, o que facilita o trabalho. Precisamos estar unidos. O Willians tem um contato maior e acaba levando um pouco mais de cartões. Já o Ariel é um cara tranquilo, que se posiciona bem, tem qualidade. Dentro de campo vamos nos ajustando”, afirma Henrique, o que tem mais tempo de clube, tendo iniciado a primeira passagem em 2008 – ele saiu em 2011 e retornou em 2013.

Para Henrique, a tendência é a equipe crescer mais com a sequência de jogos. “Nosso time vem jogando bem, com boa postura, criando chances. Isso fortalece, dá mais confiança”, declara o volante, que espera que, além de afastar a ameaça de rebaixamento, a Raposa conquiste uma série de vitórias que lhe permita sonhar com vaga na Copa Libertadores do ano que vem. “Só temos jogos decisivos, independentemente de ser em casa ou fora, do adversário estar acima ou abaixo na tabela. Então, vamos procurar dar o melhor para conquistarmos os resultados.”

Willians espera um Cruzeiro agressivo contra o Atlético-PR, na quarta-feira, em Curitiba: “Vamos procurar fazer o mesmo que fizemos contra a Chapecoense, chegar na casa do adversário e nos impor. Temos de marcar forte e aproveitar as chances. Estamos estudando bem o Atlético-PR para não sermos surpreendidos”.

ARBITRAGEM

Suspensões por cartões impediram que o trio atuasse diante de Chpecoense e Coritiba. Willians já recebeu 10 amarelos e dois vermelhos neste Brasileiro, enquanto Henrique tomou sete. Ariel Cabral ainda não foi advertido, mostrando uma de suas virtudes: a marcação firme sem ter de apelar para faltas mais duras.

Willians, porém, questiona o critério adotado pela arbitragem brasileira. “Os cartões que venho tomando são injustos, mas no futebol brasileiro atualmente não se pode nem falar com o árbitro. Contra a Chapecoense, fui expulso injustamente. O problema é esse, os árbitros erram e não acontece nada. Já o jogador é expulso, julgado e suspenso. Fica difícil”, argumenta o jogador, que rechaça a fama de violento: “Entro forte, mas nunca para machucar. Atualmente, inclusive, estou mais apanhando que batendo”.

Depois da folga de hoje, os jogadores do Cruzeiro voltam a treinar amanhã cedo. A preparação para pegar o Furacão será encerrada amanhá à tarde, com a viagem para Curitiba ocorrendo à noite.

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