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Cruzeiro encaminha adesão ao Profut e projeta economia de até R$20 milhões em dívidas fiscais

Diretor do clube também destacou equilíbrio com a Lei de Responsabilidade Fiscal

postado em 30/10/2015 08:00 / atualizado em 29/10/2015 19:38

Marcos Vieira/EM/D.A. Press
Assim como seus principais adversários no Brasil, o Cruzeiro acumula dívidas com a União. Na última semana, o clube aprovou mudanças em seu estatuto para aderir ao Profut e deu um passo importante para amortizar as despesas.

“Foram aprovadas todas as reformas propostas. Já adequamos nosso estatuto e regimento ao Profut e já levamos ao cartório para registro. Hoje, podemos dizer que estamos aptos para aderir à Lei e gozar dos seus benefícios. Sem dúvidas, é um ganho significativo que teremos”, comemorou o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, João Carlos Gontijo de Amorim.

A redação das mudanças para o novo estatuto foi liderada pela diretora de projetos incentivados do clube, Deis Chaves. Ao Superesportes, ela explicou que as mudanças não interferirão na gestão do clube, que, segunda ela, já atua com responsabilidade. “Com certeza o maior benefício será o financeiro e não haverá muita mudança na gestão do clube, que já atua com transparência”, disse.

“Acredito que aos poucos o poder público e clubes entrarão em consenso sobre as contrapartidas. Mas, o primeiro passo foi dado. O caminho é este e, com a modernização da gestão, consequentemente os resultados e exigências serão alcançados”, projetou a diretora quando falou sobre a série de medidas em que os clubes terão que se adequar.

Vantagens

Para José Ramos de Araújo, diretor financeiro do Cruzeiro, os benefícios da adesão ao Profut vão muito além da economia ou do parcelamento da dívida em longo prazo. “Outro beneficio fundamental é adotar sistemática que será utilizada por todos os clubes. Todos terão que seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Todos precisam montar times competitivos e isso tem um custo. A partir do momento que tem a norma, e todos têm que obedecê-la, há equilíbrio”, disse o dirigente à reportagem.

Ramos de Araújo ainda fez uma projeção de economia e revelou um cálculo simples: “Vamos economizar cerca de R$20 milhões com a adesão. É importante destacar que esse beneficio está ligado ao valor do débito. Quanto maior a dívida, maior é o benefício”, completou.

Profut

Divulgação
De acordo com a Medida Provisória protocolada pela presidente Dilma Rousseff em agosto, os clubes terão que apresentar estatuto social, demonstrações financeiras e contábeis, além de relação das operações de antecipação de receitas realizadas, para aderir ao PROFUT (Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).

Já para se manter no “programa”, as instituições terão que, entre outras coisas, permanecer regulares em obrigações trabalhistas e tributárias federais; comprovar autonomia de seu conselho fiscal; publicação das demonstrações contábeis padronizadas, separadamente, por atividade econômica e demonstração de que os custos com folha de pagamento e direitos de imagem de atletas profissionais de futebol não superam 80% (oitenta por cento) da receita bruta anual das atividades do futebol profissional.

Tags: fazenda dívidas economia adesão cruzeiro profut Lei de responsabilidade fiscal