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Gilvan evita avaliar trabalho de Deivid pela imprensa, mas é direto: "Se não der certo, ele sai"

Presidente está doente, mas tem participado de reuniões e avaliações do trabalho

postado em 01/03/2016 11:09 / atualizado em 01/03/2016 11:27

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Tem crescido a resistência no Cruzeiro ao trabalho do técnico Deivid, que não consegue colocar em prática sua filosofia de futebol. Sob o comando do treinador, o time celeste disputou sete jogos oficiais, com três vitórias, três empates e uma derrota. Mas o que mais vem incomodando, no entanto, é o fraco desempenho em campo apresentado pela Raposa, que tem tido dificuldade e não se impõe contra os rivais no Campeonato Mineiro.

Na tarde desta segunda-feira, o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, que está afastado em função de uma enfermidade, se reuniu com o diretor de futebol, Thiago Scuro, e com o vice de futebol, Bruno Vicintin. De acordo com o mandatário celeste, a reunião é de rotina e ocorre periodicamente. “Conversamos sobre o Cruzeiro todos os dias. Nosso trabalho é avaliado diariamente”, explicou Gilvan, ao Superesportes.

Um dos temas colocados em pauta nesse encontro foi o trabalho do técnico Deivid. Diferentemente dos discursos ensaiados dos dirigentes de futebol, Gilvan foi direto ao falar do atual treinador: “O que posso dizer é que se der certo ele fica, se não der, ele sai”, resumiu o mandatário, que evitou colocar um prazo para que o time comece a jogar bem.

“Vamos avaliar internamente”, disse Gilvan, sem repetir o discurso de prestígio mostrado no início do trabalho.

Deivid chegou ao Cruzeiro no ano passado, com o técnico Vanderlei Luxemburgo e, em pouco tempo, ganhou a confiança do elenco celeste. Quando Luxa deixou a Toca II, os jogadores estavam convictos de que o auxiliar técnico era o nome certo para assumir o comando da equipe, mas, naquela oportunidade, a diretoria preferiu ser mais conservadora e contratou o técnico Mano Menezes. Com a saída de Mano, que acertou sua ida para o futebol chinês, Deivid ganhou um voto de confiança dos dirigentes.

Em tom pessimista, Gilvan preferiu não expor sua avaliação do trabalho de Deivid: “Ele não era treinador de ponta, mas resolvemos dar uma oportunidade. Os jogadores gostavam e queriam a presença dele. Estávamos esperançosos. Foi uma aposta nossa. Mas não vou fazer juízo pela imprensa. Vamos conversar internamente sobre o desempenho de todos”, disse o presidente.

Seguindo essa mesma política, o vice de futebol, Bruno Vincitin, também se posicionou, em meados de fevereiro, e informou que os pontos negativos do futebol celeste estavam sendo tratados internamente. “Como cruzeirenses, nos acostumamos a times fortes, vencedores e que busquem títulos. Este é o nosso DNA e é o que todos esperam. Como era esperado em início de temporada, existem pontos positivos e negativos, isto é normal. Pontos positivos têm também que serem observados, os negativos são para serem tratados internamente”, frisou.

Sem resultados em campo, o prestígio do técnico Deivid tem diminuído com a torcida celeste. Em enquete com mais de 10 mil votantes, 32% avaliam o trabalho de Deivid como “ruim”, 27% como “péssimo”, 26% como “regular”, 6% como "bom" e 8% como "ótimo". Esses resultados podem ser alterados, uma vez que a enquete ainda está aberta para votação.


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