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CAMPEONATO MINEIRO

Referência do Villa Nova, Fábio Júnior recorda período no Cruzeiro e título da Copa do Brasil

Adversário deste domingo, veterano de 38 anos lembra passagem por clube pelo qual conquistou títulos importantes e marcou mais de 80 gols: 'É um motivo de felicidade'

postado em 20/03/2016 08:35 / atualizado em 20/03/2016 08:39

Euler Junior/EM/D.A Press

Assim que a bola rolar para Cruzeiro x Villa Nova, neste domingo, às 16h, no Mineirão, o torcedor celeste verá com a camisa de número 7 alvirrubra um dos maiores artilheiros da história do clube. Aos 38 anos e perto de se aposentar da carreira de jogador, Fábio Júnior demonstrou muito carinho ao lembrar do período de sucesso pela Raposa. Em três passagens (1998, 2000 e 2002), ele disputou 190 jogos, marcou 81 gols e conquistou quatro títulos: Campeonato Mineiro (1998), Copa do Brasil (2000), Copa Sul-Minas (2002) e Supercampeonato Mineiro (2002). Em entrevista ao Superesportes, o centroavante e – isso mesmo – diretor de futebol do Leão recordou a trajetória no time azul.

“Estava até comentando isso, é sempre um prazer reencontrar o Cruzeiro e a torcida que sempre me apoiou durante toda minha passagem pelo clube. Tenho muitos amigos lá ainda. É emocionante voltar ao Mineirão. Sempre que vou jogar contra o Cruzeiro é diferente, porque a gente relembra tudo, os gols... É um motivo de felicidade participar de mais um jogo contra uma equipe como o Cruzeiro”.

Contratado ao Democrata de Governador Valadares, em 1997, Fábio Júnior só ganhou espaço no time principal do Cruzeiro no ano seguinte. Seria a grande época de sua carreira. Na decisão do Mineiro de 1998, o atacante marcou os três gols da vitória sobre o Atlético, por 3 a 2. Ele ainda foi artilheiro do grupo treinado por Levir Culpi na Copa Mercosul (6 gols) e no Campeonato Brasileiro (18 gols). A ótima fase de Fábio rendeu uma proposta de US$ 15 milhões da Roma-ITA.

No futebol europeu, porém, o jogador não rendeu o esperado. Tão logo, o Cruzeiro solicitou seu empréstimo ao clube italiano, em 2000. O retorno do goleador foi crucial para a conquista da Copa do Brasil. Na decisão contra o São Paulo, no dia 9 de julho, Fábio Júnior abriu caminho para a vitória de virada por 2 a 1 – o outro gol saiu em cobrança de falta de Geovanni.

“Um momento que eu sempre falo e os torcedores também quando eu os encontro na rua, é aquela final da Copa do Brasil de 2000. Mais de 100 mil pessoas no Mineirão... Aquilo marcou todos os cruzeirenses”, lembrou.

Jorge Gontijo/EM D.A Press

Na 22ª posição do ranking dos artilheiros cruzeirenses, Fábio Júnior também atuou pelos outros dois clubes de Belo Horizonte. No América, ele teve passagem de grande destaque de 2010 a 2013 e alcançou a 11ª posição entre os maiores goleadores, com 72 tentos em 183 partidas. Pelo Atlético, em 2003 e 2005, os números foram razoáveis: 65 jogos e 30 gols.

Veterano goleador

Com carreira de respeito, o veterano continua dando trabalho aos adversários dentro da área. Pelo Villa Nova, terceiro colocado do Campeonato Mineiro com 13 pontos, ele soma três gols. Só não marcou mais vezes que o armador Osman, com quatro tentos defendendo o América.

“É uma sensação muito boa e difícil de descrever. Isso mostra que, durante minha carreira, minha dedicação e profissionalismo valeram a pena. Não é qualquer atleta que chega aos 38 anos brigando pela artilharia de um campeonato tão difícil como é o Mineiro. O mais importante é estar ainda motivado a treinar e jogar”, destacou Fábio Júnior.

Para o camisa 7 do Villa, as presenças de jogadores experientes no Alçapão do Bonfim, como o armador Mancini, o zagueiro Gabriel, o meia Roger Guerreiro e o atacante Soares, contribuem para a árdua missão de tentar arrancar pontos do líder Cruzeiro no Mineirão. “Não tenho dúvidas, até mesmo porque são atletas rodados. Não só eu e o Mancini, mas Gabriel, Soares... São jogadores acostumados a jogar jogos importantes. Contra o Cruzeiro precisa de atletas assim, para ajudar e não sentir a partida, que vai ser um jogo duro e difícil”.

Com a vida estabilizada, Fábio Júnior também falou sobre a proximidade do fim da carreira. “Na verdade, ainda estou na fase de pensar o que eu vou fazer. Tudo vai depender de como terminar o Mineiro. Ainda me sinto bem fisicamente e psicologicamente. Minha intenção é jogar até o fim do ano. Tenho muita vontade de fazer projetos sociais, ajudar a criançada. Já tenho algumas coisas em mente, mas isso só tem como dar atenção quando eu parar de jogar”.

Arquivo Estado de Minas

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