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Cruzeiro já definiu lista de possíveis técnicos para suceder Deivid na Toca

Jorginho é preferido; Abel Braga e Marcelo Oliveira são outras opções da diretoria

postado em 24/04/2016 19:45 / atualizado em 24/04/2016 22:27


A eliminação precoce na semifinal do Campeonato Mineiro encerrou a passagem de Deivid pela Toca da Raposa. A decisão foi anunciada na noite deste domingo e a diretoria do Cruzeiro já traçou o perfil de seu substituto. Em seu novo comandante, a cúpula celeste espera encontrar experiência, bons resultados recentes e ser tarimbado no mundo da bola. O nome da lista que talvez menos se encaixe nesse perfil, mas que é o grande preferido do presidente Gilvan de Pinho Tavares é Jorginho, do Vasco. Desde que Deivid começou a balançar no cargo, o mandatário quer o ex-auxiliar de Dunga como comandante do Cruzeiro.

Conforme apurou o Superesportes, os primeiros contatos já foram feitos pela cúpula celeste, mas os dirigentes estão cientes da dificuldade de tirar Jorginho do Rio de Janeiro, especialmente após a classificação do Vasco para a final do Campeonato Carioca, com vitória sobre o Flamengo, por 2 a 0, neste domingo. O próximo compromisso do time celeste será em 5 de maio, diante do Campinense, entre os dois jogos das decisões estaduais.

Gilvan exalta, principalmente, o bom trabalho de Jorginho no fim do ano passado, quando pegou o Vasco desfigurado e quase escapou do rebaixamento do Brasileirão. Ao lado de Zinho, seu auxiliar-técnico, o treinador lidera o cruz-maltino na melhor campanha entre todos os clubes do estado. O ex-lateral, de 51 anos, terminou a segunda fase do Carioca sem acumular nenhuma derrota sequer.

Jorginho iniciou sua carreira de treinador em 2010, depois de três anos como auxiliar de Dunga na Seleção Brasileira. Antes de chegar ao Vasco, em agosto de 2015, ele passou por Goiás, Figueirense, Kashima Antlers-JAP, Flamengo, Ponte Preta (quando alcançou a final da Copa Sul-Americana) e Al-Wasl, dos Emirados Árabes.

Abel Braga e Marcelo Oliveira

Em seguida, os nomes de Abel Braga e Marcelo Oliveira completam, nessa ordem, a lista inicial feita pela diretoria do Cruzeiro. Os dois treinadores reúnem as características desejadas pela diretoria e estão disponíveis no mercado, o que, em tese, facilita as tratativas. Porém, em ambos os casos há complicações.

Abel Braga está sem clube desde o fim de 2015, quando foi demitido do Al Jazira, dos Emirados Árabes, com menos de seis meses de trabalho. O técnico foi desligado de suas funções depois de ser goleado pelo Al Fujairah. No entanto, por obrigação contratual, o treinador só poderia voltar a trabalhar em junho. A diretoria do Cruzeiro ainda pensa uma forma de viabilizar a transação.

Em contato feito pelo Superesportes, Abel ressaltou a dificuldade de assumir algum clube neste momento e defendeu apoio a Deivid. “Estou fora do país e, pela rescisão que fiz com Al Jazira, não posso pegar nada agora, só a partir de julho”, disse. “Não tenho o direito de concordar ou não com o que a imprensa diz, mas já esta na hora de vocês darem mais força ao treinador. Ainda mais um cara corretíssimo como o Deivid”, acrescentou.

Embora quase unanimidade entre os torcedores do Cruzeiro, por ser o comandante das últimas duas grandes conquistas do clube, os Brasileirões de 2013 e 2014, Marcelo Oliveira enfrenta resistência de vários setores do Cruzeiro – grandes responsáveis pela saída do treinador em junho do ano passado.

Como Marcelo protagonizou uma saída traumática do Cruzeiro, sem sequer ter sido acompanhado por um dirigente do clube em sua entrevista de despedida e substituído horas depois por Vanderlei Luxemburgo, não se sabe o real desejo do treinador em retornar à Toca II. Na apresentação de Luxa, Gilvan ainda disse que Marcelo Oliveira deveria ter sido demitido antes, quando a equipe caiu nas quartas de final da Libertadores, diante do River Plate. A reportagem tentou contato ao longo das últimas semanas, para uma entrevista, mas sua assessoria informou que o técnico estava num momento de descanso.

Como de praxe, o Cruzeiro não comenta suas movimentações no mercado.


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