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No sofrimento, Cruzeiro vence Campinense e avança para enfrentar Londrina na Copa do Brasil

Time celeste teve dificuldades, mas fez 3 a 2 e se classificou para a segunda fase

postado em 05/05/2016 23:30 / atualizado em 06/05/2016 01:14

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Foi na base do drama e do sofrimento que o Cruzeiro conquistou a classificação à segunda fase da Copa do Brasil. Em seu centésimo jogo no novo Mineirão, na noite desta quinta-feira, o time celeste suou a camisa para vencer o Campinense por 3 a 2, pelo duelo de volta da primeira fase. Allano, De Arrascaeta e Willian marcaram para os mineiros, enquanto Adalgiso Pitbull anotou os dois gols da equipe rubro-negra, formada em sua maioria por reservas por causa da prioridade pela decisão Campeonato Paraibano. Apesar do triunfo, parte da torcida azul e branca se mostrou decepcionada e protestou contra o momento instável do clube, ainda à espera do anúncio do novo treinador. O presidente Gilvan de Pinho Tavares foi o principal alvo das broncas.

Na próxima fase da competição de mata-mata, a Raposa terá pela frente o Londrina, clube recém-promovido à Série B do Campeonato Brasileiro. O primeiro jogo ocorrerá na terça-feira, dia 10 de maio, às 21h30, em Londrina. No dia 17, as equipes se enfrentam em Belo Horizonte, também às 21h30.

O jogo

Por causa do empate sem gols no jogo de ida na Paraíba, o Cruzeiro entrou em campo obrigado a vencer o Campinense. Geraldo Delamore, técnico interino, montou a equipe no 4-2-3-1, com Allano e Elber abertos pelas pontas e De Arrascaeta centralizado na armação. Nos primeiros minutos, muita pressão e troca de passes diante de um adversário totalmente retrancado. Em determinados momentos, a Raposa chegou a ter 64% de posse de bola. Depois de muita insistência, o estreante Lucas recebeu de Elber, foi à linha de fundo e cruzou. Allano e De Arrascaeta subiram juntos e a bola ganhou as redes: 1 a 0. No intervalo da partida, o camisa 35 justificou o lance e deu a entender que o gol era seu. “Senti a bola batendo na minha cabeça por último”, disse Allano.

O jogo parecia se encaminhar para uma goleada, mas o Campinense equilibrou as ações a partir dos 30 minutos. Os paraibanos se aproveitaram do nervosismo cruzeirense e colocaram a bola no chão. Aos 31min, Reginaldo Júnior perdeu oportunidade incrível ao, de dentro da grande área, errar o chute. Já Adalgísio Pitbull, seu colega de ataque, fez diferente. Aos 39min, o centroavante não desperdiçou o passe açucarado do zagueiro Tiago Sala e tocou por cima de Fábio: 1 a 1. Vaias dos torcedores celestes, já que, naquele momento, quem se classificava à segunda fase era o time nordestino.

Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Apesar da falta de criatividade de seus comandados em determinados momentos, Geraldo Delamore manteve a formação para o segundo tempo. A insatisfação do torcedor durou pouco, pois aos 4min o uruguaio De Arrascaeta acertou bela cobrança de falta no ângulo e recolocou o Cruzeiro em vantagem: 2 a 1. O gol contagiou a equipe, que criou outras duas chances antes dos 10min do segundo tempo. Primeiro, Elber fez jogada individual, driblou dois adversários e chutou fraco à direita. Depois, Willian arriscou da entrada da grande área e exigiu grande defesa do goleiro Gledson.

Somente aos 17min é que Delamore realizou a primeira substituição no Cruzeiro. Rafael Silva, artilheiro do time em 2016 com seis gols, substituiu Allano. Depois de alguns momentos sem emoção, a Raposa voltou a balançar a rede aos 30min. Num contra-ataque, Willian recebeu de Elber e, livre de marcação, tocou rasteiro para o fundo do gol. Com o lance, o camisa 9 quebrou o jejum na temporada e se tornou o maior artilheiro isolado da Raposa no novo Mineirão, com 23 gols em 66 jogos.

Com vantagem de 3 a 1, o Cruzeiro relaxou e quase viu tudo a perder aos 42min, quando Adalgísio Pitbull bateu cruzado e diminuiu para o Campinense: 3 a 2. Na base do abafa, o time paraibano se lançou ao ataque em busca do empate. O goleiro Gledson foi para a área tentar o empate, mas viu a situação se complicar quando Bruno Ramires cortou o lance. No contra-ataque, Pisano foi derrubado pelo próprio Gledson, que recebeu cartão vermelho. Como o Campinense já tinha feito as três substituições, Reginaldo Júnior teve que ir para o gol. A falta cobrada por Sánchez Miño, porém, parou na barreira. O apito final do árbitro Bruno Arleu de Araújo proporcionou aos mais de 10 mil cruzeirenses um misto de alívio pela vaga na segunda fase e de revolta em função da vitória apertada diante de um adversário que briga para disputar a Série D.

CRUZEIRO 3X2 CAMPINENSE

CRUZEIRO
Fábio; Lucas, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño; Henrique (Bruno Ramires, aos 28min do 2ºT) e Lucas Romero; Elber, De Arrascaeta (Pisano, aos 32min do 2ºT) e Allano (Rafael Silva, aos 17min do 2ºT); Willian
Técnico: Geraldo Delamore

CAMPINENSE
Gledson; Everaldo, Jairo (Joadson, aos 21min do 2ºT), Tiago Sala e Danilo; Filipe Ramon, Magno, Renatinho (Tiago Pedra, aos 7min do 2ºT) e Roger Gaúcho (Chapinha, no intervalo); Reginaldo Júnior e Adalgiso Pitbull
Técnico: Francisco Diá

Gols: Allano, aos 17min do 1ºT; De Arrascaeta, aos 4min, e Willian, aos 29min do 2ºT (CRU); Adalgísio Pitbull, aos 39min do 1ºT e aos 42min do 2ºT (CMP)
Cartões amarelos: Henrique, aos 45min do 1ºT. Rafael Silva, aos 40min do 2ºT (CRU); Renatinho, aos 41min do 1ºT. Chapinha, aos 34min do 2ºT (CMP)
Motivo: jogo de volta da primeira fase da Copa do Brasil
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: 5 de maio de 2016 (quinta-feira)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ/CBF)
Assistentes: Luiz Cláudio Regazone (RJ/Asp. Fifa) e Silbert Faria Sisqueim (RJ/CBF)
Público: 10.200 pagantes
Renda: R$ 171.587,00


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