O jogador passou pelo clube celeste entre 2006 e 2009, até ser vendido para a equipe portuguesa. De acordo com o mecanismo de solidariedade da FIFA, que garante às equipes formadoras parte do valor envolvido em transferências futuras, o Cruzeiro receberá pouco mais de 1% dos R$ 21,6 milhões (cerca de R$ 220 mil).
Apesar de Maicon ter cumprido mais de três anos de contrato com o clube mineiro, a Raposa terá de repartir os valores referentes às temporadas de 2008 e 2009, quando o jogador foi emprestado a Cabofriense e Nacional, de Portugal. O Mamoré, clube em que o zagueiro atuou antes de se transferir para o Cruzeiro, também tem direito a uma parte do valor.
Por ter defendido a Raposa em 2006 e 2007, o defensor, que à época tinha 17 e 18 anos, renderá aos cofres celestes 1% da negociação (0,5% por temporada).
“Os valores dos anos seguintes, quando o Maicon foi emprestado, serão divididos proporcionalmente, de acordo com o tempo que ele ficou em cada clube”, explicou Breno Tanure, advogado contratado pelo Cruzeiro para casos de cobrança de valores referentes ao mecanismo de solidariedade.
De acordo com a regra, o São Paulo, como clube comprador, é o responsável por transferir o valor à Raposa. Acordos entre as partes envolvidas na negociação, no entanto, podem modificar a forma de pagamento.
O Cruzeiro vendeu Maicon para o Porto em junho de 2009. O clube europeu pagou cerca de R$ 3 milhões (na cotação da época) por 50% dos direitos econômicos do zagueiro.
Pela Raposa, ele atuou em apenas uma partida como profissional, justamente num clássico contra o Atlético, válido pela partida de volta da final do Campeonato Mineiro de 2007. Na ocasião, o Cruzeiro não conquistou o título, mas venceu por 2 a 0. Maicon não marcou gols.